A Câmara Municipal de Loures (CML), promoveu, no início de julho, uma sessão pública de esclarecimento à população sobre a obra do Nó de São João da Talha na A1 e a Ligação à Estrada Nacional 10. Esta obra irá custar nove milhões de euros e deverá ficar concluída em 2026.
A Câmara de Loures vai investir nove milhões de euros na construção de uma saída da A1 em São João da Talha e uma ligação direta à Estrada Nacional 10, na mesma localidade. O projeto foi apresentado à população no início de julho, numa sessão de esclarecimento, que teve lugar no Pavilhão José Gouveia, em São João da Talha. Esta empreitada prevê a construção de uma saída da A1, no sentido sul-norte, em São João da Talha, bem como uma ligação direta à Estrada Nacional 10. Igualmente, está ainda prevista a reformulação da Estrada Municipal 504/Rua D. Afonso Henriques, a construção de uma nova via que irá contornar o núcleo urbano da Bobadela e a criação de duas rotundas para articulação com a rede viária local.
A par, está ainda a ser desenvolvido o Plano de Pormenor da Quinta dos Remédios, a valorização de áreas urbanas e ainda a criação de locais de estacionamento. De acordo com Ricardo Leão, presidente da Câmara Municipal de Loures (CML), ao Olhar Loures, esta é “uma obra determinante e uma aspiração muito antiga da população da zona oriental”, que, embora seja da responsabilidade do Governo, foi assumida pelo executivo municipal, dada a sua importância para a comunidade. “Tomámos a decisão de fazer parte da solução. Assumimos esta obra como nossa e vamos custeá-la em cerca de nove milhões de euros”, acrescentou.
Facilitar o trânsito
“A população anseia por esta obra há décadas. Eu próprio sou daqui, nasci aqui, e já ouço falar sobre a saída da A1 há 20 anos. É uma obra importantíssima, não só porque é muito esperada pela população, mas também porque vai oferecer qualidade de vida a zona oriental do concelho de Loures”, disse ainda Leão. Com esta nova saída, os condutores que pretendem utilizar a A1 para ir até São João da Talha ou Bobadela, já não necessitam de sair em Santa Iria da Azóia e “voltar para trás”. “A saída na A1 é determinante porque vai ajudar a fluir o trânsito, é uma obra de extrema importância. Foi uma obra que eu, enquanto Presidente de Câmara, assumi na minha candidatura”.
A empreitada será toda “custeada pela CML”, disse ainda Ricardo Leão, lembrando que esta teve “ vários processos e diversas reuniões com os diversos Ministros, quer com o Pedro Nuno Santos, quer com o João Galamba, e agora, mais recentemente, com o Miguel Pinto Luz”. O autarca agradeceu ainda “a parceria e disponibilidade” da Brisa, o que “tranquiliza bastante” a CML, “porque sendo a A1 concessionada pela Brisa, serem eles a contratar um projetista, assegurou todas as condições e exigências necessárias para a obtenção de pareceres positivos das diversas entidades”, salientou Leão.
Autarquia vai negociar futuro de três habitações com os proprietários para concretização da obra
“A Câmara fez um protocolo com a Brisa, custeou o projeto elaborado pela Brisa, mas será a Brisa que vai garantir todas as necessidades técnicas que o projeto terá que ter”, prosseguiu o presidente da CML, referindo ainda que esta obra deverá ser lançada no terceiro trimestre de 2024 e espera-se que se inicie em 2025 e concluída em 2026. O concurso público será lançado “após o visto do Tribunal de Contas”.
Por fim, algumas questões levantadas pela população nesta sessão relacionavam-se sobretudo com as questões sonoras, “até porque vai haver um aumento das vias, junto aos prédios da saída”. Contudo, Ricardo Leão tranquilizou os moradores com a garantia que de haverá “condições de minimização e de acalmia da velocidade, o que diminui o ruído”. A criação desta saída na A1 vai ainda implicar a negociação, com os respetivos proprietários, de “três habitações, mas que apenas uma está habitada”.