A Penha de França é a 21.ª freguesia a ter Gira, estando praticamente prontas estações em Marvila e Santa Clara, zonas atualmente também fora da rede, disse Carlos Silva, presidente da EMEL, empresa pública responsável pela mobilidade e estacionamento em Lisboa, e que gere a rede Gira, numa cerimónia que contou com a presença de Carlos Moedas.
A EMEL amplia rede de estações GIRA, tendo inaugurado esta segunda-feira mais sete estações de bicicletas partilhadas Gira, com um total de 127 docas de acoplamento, duas das quais na Penha de França, onde ainda não chegava esta rede de bicicletas partilhadas da EMEL, mais duas em Belém, uma em São Domingos de Benfica e outra na freguesia de Carnide. Mas ainda há freguesias fora do mapa.
A breve cerimónia de inauguração aconteceu precisamente na Penha de França, onde as Gira não chegavam até hoje, mas que agora tem duas novas estações com 30 docas. Uma terceira estação abrirá nesta freguesia em setembro.
“Estamos muito contentes, porque era uma freguesia que estava, de certa forma, abandonada. E nós queremos ter as Gira em todas as juntas de freguesia. Aliás, conseguimos já duplicar o número de Gira em Lisboa. Quando chegámos eram mais ou menos mil bicicletas”, salientou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.
“O nosso comprometimento é chegar a todas as juntas de freguesia até o fim do mandato”, acrescentou.
“O que estamos a fazer é, no fundo, dizer, àqueles que gostam das bicicletas, que nós estamos convosco, mas estamos a fazê-lo, como sempre o dissemos, de uma forma gradual com as pessoas e hoje é um momento único porque as pessoas, nesta freguesia em especial, que há muitos anos esperavam” bicicletas na Penha de França.
“Mudámos o plano para ter estas três estações, duas ficam já a funcionar, e outra entrará em funcionamento em setembro, porque há um problema com uma ligação elétrica e, portanto, vamos continuar naquilo que é a senda do nosso plano de mobilidade“.
“Lisboa é das poucas cidades na Europa que tem transportes públicos gratuitos para os mais novos e para os mais velhos e isso foi algo que conseguimos a muito custo, mas conseguimos”, recordou Moedas, defendendo que o Plano de Mobilidade de Lisboa pretende uma “mobilidade suave, feita de forma progressiva e não de atrito” entre as bicicletas e os restantes veículos, prevendo aumentar o número de ciclovias em Lisboa em “mais 90 quilómetros”.
Por seu turno, a presidente da Junta de Freguesia da Penha de França, Ana Sofia Dias, lembrou que “esta é uma freguesia com problemas de mobilidade”, que investiu muito em criar lugares de estacionamento, em maximizar o estacionamento e fazer requalificações que permitam acomodar os interesses dos automobilistas”.
Segundo Ana Sofia, havia “muitos pedidos de ciclistas e de pessoas que queriam mobilidade suave nesta freguesia que, apesar de ter colinas e ter inclinações, é boa para andar de bicicleta, como qualquer outra”.
Ana Sofia Dias afirmou: “cabe agora aos utilizadores e aos cidadãos utilizarem as bicicletas, para que possamos evoluir para a questão das ciclovias”.
A CML quer continuar a desenvolver o seu plano de mobilidade, de forma a passar de “173 quilômetros de ciclovias para 263”, ou seja, “mais 90 quilómetros”. “Fizemos muito na mobilidade”, disse o presidente da autarquia lisboeta, salientando a parceria entre a CML e a Junta da Penha de França.
Além da Penha de França, abriram esta segunda-feira três estações em Belém, no Largo Luís Alves Miguel / Rua Fernão Mendes Pinto, Avenida da Índia / Centro de Arqueologia de Lisboa; e Rua Bartolomeu Dias / Palácio do Governador, com 44 docas, e que se juntam às três estações já ali existentes. Abriu ainda uma em São Domingos de Benfica, na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro / Praça de Espanha, com 22 docas, que se junta às cinco já existentes, e uma outra em Carnide, perto do metro da Pontinha, com lugar para 31 bicicletas, freguesia onde já existiam outras cinco estações.
NR: Noticia atualizada a 16/07/2024 pelas 17h00