A Coligação Democrática Unitária (CDU) apresenta João Ferreira, atual vereador na Câmara Municipal de Lisboa (CML), como o candidato daquela força política à autarquia lisboeta, nas eleições autárquicas de 2025.
João Ferreira, atual vereador comunista na Câmara Municipal de Lisboa (CML), volta a candidatar-se à presidência daquele organismo nas eleições autárquicas de 2025, que deverão acontecer entre setembro e outubro. “A CDU tem sido, e será cada vez mais, um amplo espaço de convergência de todos os que se reveem na urgência de uma transformação de sentido democrático e progressista de Lisboa”, explica o candidato no seu vídeo de apresentação.
Para João Ferreira, em Lisboa “prevalece a política de favor ao promotor imobiliário”, sendo “necessário termos um urbanismo democrático, planeado, transparente, que faça do solo da cidade mais do que mera oportunidade de negócio para alguns, uma fonte de realização coletiva para todos, que qualifique o espaço público, que qualifique a mobilidade”. “Queremos uma mobilidade sustentável, que deixe de assentar no transporte individual. Temos que disputar a hegemonia do automóvel, ter um sistema de transportes públicos de qualidade frequente, fiável e abrir campo para o crescimento dos modos suaves. Precisamos de combater a monocultura do turismo e diversificar a base económica de desenvolvimento da cidade”.
Apostar na habitação acessível e na qualidade ambiental
“Precisamos de fazer da habitação acessível mais do que um mero slogan em período de campanha eleitoral. Precisamos de fazer de Lisboa uma cidade que reverta a degradação da qualidade ambiental sentida ao longo dos últimos anos e de combater a poluição sob todas as suas formas, desde o ruído à poluição atmosférica. Precisamos de fazer de Lisboa uma cidade cómoda, moderna e eficiente para todos, combatendo as desigualdades gritantes que hoje existem na fruição do viver social”, prossegue o candidato. A CDU admite ainda que é necessário “democratizar a cultura, o desporto, o recreio e o lazer. Não podem estar confinados apenas a algumas zonas da cidade ou a públicos mais ou menos privilegiados”.
“É fácil de perceber que em todas estas áreas a coligação PSD-CDS, chefiada por Carlos Moedas, não poderia trazer as transformações de que Lisboa necessita. Não resolveu nenhum dos problemas da cidade, pelo contrário, agravou-os a todos nos últimos anos”, tendo contado sempre, “para a aprovação dos instrumentos essenciais de gestão, tais como orçamentos e Grandes Opções do Plano, com a viabilização por parte do Partido Socialista (PS), o mesmo que, em 14 anos de gestão de governo na cidade, não foi capaz de corresponder às aspirações profundas de tantos daqueles que aqui vivem e trabalham”, remata João Ferreira, que volta a candidatar-se à CML.
