Os finalistas do Prémio Innovation for All, lançado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), apresentaram, na passada segunda-feira, 10 de fevereiro, os seus projetos, que devem responder a uma necessidade na áreas da Saúde, Educação e Social.
São nove os projetos finalistas do Prémio Innovation for All, uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) que pretendem incentivar e destacar a inovação social. Os finalistas apresentaram as suas ideias na passada segunda-feira, 10 de fevereiro, numa cerimónia que teve lugar nos Paços do Concelho. Até maio, serão divulgados os três vencedores desta iniciativa, lançada em 2024, e que recolheu mais de 300 candidaturas. As propostas devem integrar-se em três categorias: acesso à saúde; qualidade da educação; integração de imigrantes, de modo a responder a uma necessidade e/ou a um desafio numa ou mais destas três áreas, e aptas a ser implementadas no prazo de um ano após a atribuição do prémio.
Está destinado um prémio de 360 mil euros para todos estes projetos. As propostas finalistas que não vencerem o prémio de Inovação em cada área, poderão continuar a trabalhar se “forem boas”, admitiu nesta cerimónia o presidente da CML, Carlos Moedas. Todos os projetos tecnológicos “têm esse interesse”, pelo que a autarquia vai trabalhar com as empresas finalistas para “poder utilizar também estas plataformas”. Em 2023, Lisboa foi distinguida com o prémio “European Capital of Innovation”. Na ocasião, Carlos Moedas anunciou que o valor do prémio seria investido pela Unicorn Factory “para desenvolver projetos de inovação social e no combate à exclusão, usando a tecnologia como elevador social”.
Projetos juntam a tecnologia com necessidades sociais
Os nove projetos finalistas, na área da Educação, são a Growappy, uma plataforma digital para creches e jardins de infância, com automação de relatórios pedagógicos, atividades de desenvolvimento da criança personalizáveis, e comunicação entre pais e professores; a Jade Autism, uma plataforma de aprendizagem para crianças com autismo com jogos e atividades para o desenvolvimento cognitivo; e a UBBO, uma plataforma de aprendizagem de código informático para crianças entre os 6 e os 12 anos, usando gamification e project-based learning.
Já na Saúde, foram escolhidas a RadiSen, uma Solução de AI para melhorar o diagnóstico de exames com raio-X e mamografias (leitor automático de raio-x); a Usawa Care, uma plataforma para conectar pais com pediatras, permitindo trocar mensagens, fotografias e exames à distância, permitindo um diagnóstico mais rápido; e a Virtuleap, óculos de realidade virtual para idosos para promover a saúde mental e cognitiva.
Por fim, na imigração, foram selecionados a Class of Wonders, uma plataforma de aprendizagem de português com gamification; a Commu App, ou seja, o “Tinder for good deeds”, que pretende funcionar como uma plataforma de matchmaking entre pessoas em situação de vulnerabilidade, e pessoas com disponibilidade para ajudar; e ainda a Equivalence, uma plataforma que adapta o CV e documentação de um imigrante ao país onde se encontra, produzindo novos documentos e um perfil online com toda a informação da pessoa, para facilitar a procura de emprego.
Fotos: CML | Ana Luísa Alvim e Ana Sofia Serra