A Fundação Marquês de Pombal vai promover, no dia 13 de maio, às 18h00, a sessão de apresentação pública dedicada ao arquivo sonoro de Igrejas Caeiro, na sua Casa-Museu, em Caxias. Uma gravação inédita de Amália Rodrigues vai ser divulgada durante a iniciativa.
O radialista Igrejas Caeiro, que viveu no concelho de Oeiras, foi um caso de incontestada popularidade na rádio dos anos 1950 e 1960, sobretudo com o programa “Os Companheiros da Alegria”.
O seu longo percurso enquanto locutor, produtor, realizador e empresário no campo da rádio e dos espetáculos tem neste acervo um testemunho imprescindível e de largo alcance. Para além de ser evidência das circunstâncias do homem da rádio, é também a banda sonora de um tempo e de um país, sublinha a nota de divulgação do Município de Oeiras.
As relíquias do arquivo sonoro de Igrejas Caeiro vão ser divulgadas no dia 13 de maio, na casa de Caxias onde o mestre da rádio morou durante largos anos.
“O Arquivo Sonoro Igrejas Caeiro: uma fonte para o estudo e memória da Rádio em Portugal” resulta do património sonoro que Francisco Igrejas Caeiro (1917-2012) deixou à Fundação Marquês de Pombal e que está a ser objeto de tratamento para garantir a sua preservação e futuro acesso.
Este projeto, liderado pelo Arquivo Nacional do Som, coloca este arquivo sonoro privado num lugar central no que respeita ao estudo da rádio e da indústria dos espetáculos em Portugal no século XX.
Gravação inédita de Amália Rodrigues
Nesta sessão serão divulgados os trabalhos já levados a cabo e as perspetivas futuras associadas a este acervo documental. Para ilustrar a diversidade e riqueza deste arquivo será apresentada uma gravação inédita de Amália Rodrigues da década de 1950.
Será também apresentado o projeto de investigação em curso dedicado à conservação de discos instantâneos, cuja relevância científica foi reconhecida pelo Arquivo Nacional do Som. Discutir-se-á também a importância deste acervo sonoro para a construção da memória e da história da rádio e dos espetáculos em Portugal.
Participarão Pedro Félix (Arquivo Nacional do Som), Joana Lia Ferreira (Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa), Luís Trindade (Instituto de História Contemporânea) e Gaspar Matos (Município de Oeiras / Fundação Marquês de Pombal). A moderação fica a cargo de Cláudia Henriques (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade).