Executivo de Moedas defende prioridade no apoio ao comércio de proximidade

Um planeamento comercial estratégico, que evite a homogeneização do tipo de lojas em determinadas zonas da cidade e promova a sua diversidade, é uma das cinco grandes áreas de atuação identificadas como prioritárias, no âmbito da auscultação que o Município de Lisboa realizou junto dos comerciantes e cidadãos.

Ao longo de 2024, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) promoveu um conjunto de ações de auscultação pública sobre a “Economia de Proximidade”, um dos setores mais importantes da vida da cidade e dos lisboetas: o do Comércio e Serviços.

O objetivo desta iniciativa, da responsabilidade do pelouro da Economia e Inovação, foi o de ouvir comerciantes, agentes do setor, residentes e demais cidadãos que se deslocam à cidade para trabalhar ou estudar, com vista a compreender os hábitos de consumo, identificar os principais desafios, definir prioridades e recolher sugestões para modernizar e dinamizar o comércio de rua.

Para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “o comércio de proximidade é uma prioridade deste executivo. Com efeito, e porque os desafios são visíveis, temos procurado incrementar a defesa do comércio que é identitário da cidade e que contribui para a nossa memória coletiva”, afirma, sublinhando a relevância para a cidade da valorização do seu comércio histórico e tradicional.

“Com o lançamento desta iniciativa baseada na participação e auscultação, a Câmara Municipal de Lisboa procurou, acima de tudo, desenvolver um diagnóstico que resultasse de um processo colaborativo e transparente”, parte essencial na definição da estratégia do município para a Economia de Proximidade, sublinha, por sua vez, o vereador Diogo Moura, responsável pelo pelouro da Economia e Inovação.

Questionário online “foi um dos mais participados de sempre”

Este processo desenrolou-se em três momentos: mesas redondas com especialistas, associações e entidades representativas; questionário online (um dos mais participados de sempre, com 2084 respostas válidas registadas na plataforma Lisboa Participa) dirigido a consumidores (residentes e não residentes, que trabalham e estudam em Lisboa) e comerciantes. E, por fim, sessões participativas presenciais com consumidores e comerciantes. No final, foi produzido um relatório que resume os contributos recolhidos.

Segundo a Câmara de Lisboa, a auscultação pública evidenciou o papel central do comércio de proximidade na vida urbana de Lisboa. A partir dos contributos, destacam-se cinco grandes áreas prioritárias de atuação: “requalificação do espaço público e promoção de zonas comerciais agradáveis e seguras; apoio efetivo à digitalização e modernização dos pequenos negócios; valorização do comércio histórico e tradicional, com incentivos específicos; planeamento comercial estratégico, que evite a homogeneização das lojas e promova a diversidade; maior articulação entre CML, comerciantes e associações, com canais permanentes de comunicação”.

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