O Volt Portugal entregou, no dia 18 de agosto, as suas listas às eleições autárquicas na cidade de Lisboa, lideradas por José Almeida à Câmara Municipal de Lisboa. Este partido define-se como “alternativa progressista e europeísta”.
“Esta candidatura apresenta uma alternativa à esquerda e à direita, que secaram o leque de opções dos lisboetas”, começa por afirmar o cabeça-de-lista, José Almeida. “Trata-se de uma alternativa europeísta e progressista às duas grandes coligações: para quem quer combater a regressão de Carlos Moedas e para quem não esquece o papel do PS durante os anos à frente da autarquia, que em muito contribuiu para a crise da habitação”, refere José Almeida. O candidato remata: “Essencialmente, somos uma alternativa para quem ama realmente a sua cidade.”
Moedas como “pioneiro do estacionamento” e Leitão “desfasada da realidade”
Por sua vez, Mateus Carvalho, um candidato de 26 anos cabeça-de-lista à Assembleia Municipal de Lisboa, fala da desconexão que se vê com a realidade dos lisboetas.
“Se por um lado, Carlos Moedas se posicionou como o pioneiro do estacionamento, completamente abandonando os transportes públicos, Alexandra Leitão parece desfasada da realidade ao propor transportes públicos gratuitos. Quando foi a última vez que apanhou um metro em Lisboa? Duvido muito que esperasse 10 minutos de bom grado.”
Seguir o exemplo de Viena de Áustria na habitação
O Volt apresenta-se como uma candidatura que, entre as suas prioridades centrais, tem o investimento em habitação pública e acessível, seguindo o exemplo bem-sucedido da capital austríaca de Viena, onde 60% da população vive em habitação pública acessível, para travar a especulação imobiliária e garantir que todos possam viver dignamente na capital.
No domínio da mobilidade, o partido defende a expansão e melhoria da rede de transportes públicos, com mais frequência, cobertura e qualidade, tornando-os uma verdadeira alternativa ao automóvel. “Metro a cada 3 minutos em hora de ponta”, defende Mateus Carvalho, que gosta de frisar “como a frequência do metro de Lisboa nunca esteve tão má”, onde tempos de espera de 6 e 7 minutos se tornaram “o novo normal”.
Outra das propostas é a gestão eficaz da higiene urbana, com serviços modernos, próximos e organizados, capazes de dar resposta às necessidades quotidianas da cidade.
Mas a visão do Volt quer ir mais além. “Aposta também na transição climática e energética, promovendo mais espaços verdes, arborização, energia renovável local e soluções de adaptação às alterações climáticas”.
A educação e o apoio ao associativismo surgem igualmente “como prioridades, com propostas para apoiar crianças, jovens e famílias, reforçando escolas, espaços de aprendizagem e atividades culturais e desportivas acessíveis, que ajudem a criar laços e fortalecer comunidades”.
Estas prioridades são acompanhadas por uma visão de governação local “mais transparente e participativa, com assembleias públicas regulares, orçamentos participativos e plataformas digitais para ouvir os lisboetas. O objetivo é simples: construir uma Lisboa mais habitável, inclusiva e sustentável, governada com proximidade e responsabilidade”, aponta.
Poder local “moderno e inclusivo”
O Volt apresenta, assim, as seguintes candidaturas em Lisboa: José Almeida – Câmara Municipal de Lisboa; Mateus Carvalho e Ana Nogueira – Assembleia Municipal de Lisboa; José Almeida e Cecília Briz – Junta de Freguesia do Lumiar; Mateus Carvalho e Ana Nogueira – Junta de Freguesia de Alvalade; Ksenia Ashrafullina e Guilherme Alves – Junta de Freguesia da Misericórdia; Ronaldo Rodrigues – Junta de Freguesia de Santa Clara; José Elias de Freitas – Junta de Freguesia de Campo de Ourique; Miguel Duarte – Junta de Freguesia das Avenidas Novas; Miguel Macedo – Junta de Freguesia de Arroios.
Com estas equipas, o Volt Portugal “reforça a sua ambição de trazer para Lisboa um poder local moderno, inclusivo, comprometido com soluções reais para os problemas da cidade e das suas freguesias – sempre com o seu ADN eurofederalista e progressista”.}