Daniel Gonçalves, atual presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas, oficializou esta sexta-feira, 26 de setembro, a recandidatura ao cargo, apresentando-se como alguém que quer “renovar um compromisso de vida” com a comunidade e destaca a importância de continuar o trabalho iniciado no último mandato, centrado na ação social, cultura, segurança e higiene urbana, e prometeu lutar por uma freguesia “solidária, justa e moderna”, onde “ninguém se sinta isolado ou esquecido”.
Daniel Gonçalves, atual presidente da Junta de Freguesia das Avenidas Novas (JFAN), apresentou, esta sexta-feira, 26 de setembro, a sua candidatura ao cargo, para, como fez questão de referir, “renovar um compromisso de vida. O compromisso de servir com alma, com verdade e com coragem”. “Ser autarca não é carregar um título, nem exibir um estatuto. Ser autarca é cuidar do bem comum, como se cuida da dignidade de quem amamos.
Daniel Gonçalves, reforça que o seu projeto “nasceu de visão partilhada entre sociais democratas, centristas, liberais e jovens de uma nova geração. Não falamos de ilusões nem de utopias, mas sim de um novo propósito, uma direção clara e de um novo paradigma que escolhemos construir”, explicou ainda, recusando “os discursos populistas”, sempre combatendo “o cinismo e a mesquinhez e a indiferença que mata a esperança comunitária”.
Trabalhar para todos
“Estou aqui para lutar por uma freguesia que seja um exemplo: para todos e para uma cidade viva, solidária, justa e moderna. Quero que os nossos idosos nunca mais se sintam isolados e muito menos descartados. Quero que a nossa juventude encontre espaço para criar, inovar e ousar. Quero encontros entre gerações, redes de entreajuda, com laços pessoais mais fortes. Quero que cada pequeno comerciante sinta que está a ser defendido. Quero que cada empresário ouse projetar e inovar. Que cada artista encontre espaço para mostrar a sua voz. Que cada criança tenha o orgulho em dizer ‘é aqui que eu cresço’. Quero uma freguesia das Avenidas Novas verde, cuidada e respeitada. Quero que se respire memória nas nossas avenidas, ruas e praças”.
“Mas também quero um futuro com rumo nas nossas escolas, nos nossos espaços culturais e nas nossas empresas”, referiu Daniel Gonçalves, sublinhando que o seu projeto assenta “na segurança, na ação social, na cultura e, sobretudo, na higiene urbana e limpeza das ruas. Há muita gente nesta freguesia que vive isolada, e a minha preocupação, em grande momento, é ver essas pessoas bem e ajudá-las”, disse ainda o autarca no final da apresentação ao Olhares de Lisboa. Na sua perspetiva, o seu programa eleitoral vem “dar continuidade” ao seu trabalho nos últimos quatro anos.
Continuar a apostar na Cultura, Educação e Ação Social
“Faço um balanço muito bom do último mandato. Claro que há sempre coisas que não estão bem, mas foi [um mandato] muito bom e eu realmente quero continuar. [Os eleitores] podem confiar em mim, porque eu sou uma pessoa que está aqui não por qualquer interesse, mas para ajudar as pessoas”. Para Daniel Gonçalves, a freguesia das Avenidas Novas “precisa de quem não tenha medo de dizer não ao oportunismo e de quem não trema diante das pressões”, mas sim de quem quer “servir a comunidade. Deem-me a vossa confiança, não para ser um presidente, mas para continuar a poder servir-vos, humildemente, do vosso lado”, concluíu.
A sua candidatura pretende assim dar continuidade aos projetos desenvolvidos no último mandato, ao mesmo tempo que prevê um aumento de iniciativas culturais, ao longo do ano. Na Educação, Daniel Gonçalves prevê continuar a apostar em projetos, não só para os mais novos, mas também na dinamização da Universidade Sénior, que conta atualmente com 370 alunos distribuídos por 55 disciplinas. A segurança é outro dos pontos fulcrais desta candidatura, sendo um dos grandes objetivos o reforço de meios, e essencialmente continuar a lutar para que exista uma esquadra da PSP na freguesia.
Candidatura por Lisboa, ressalva Diogo Moura
Diogo Moura, atual vereador e candidato na lista ‘Por Ti, Lisboa’, também marcou presença nesta apresentação, reforçando que este “é um projeto aberto à sociedade, da freguesia, e de pessoas que conhecem a freguesia”. Na sua opinião, o programa de Daniel Gonçalves “deve merecer a confiança dos fregueses”, ao contrário do projeto apresentação pela oposição, que “é radical, no sentido de mudar para muito pior”. “A Câmara Municipal fez muito nesta freguesia”, prosseguiu o vereador, lembrando que foi nas Avenidas Novas que arrancou o projeto “Um Teatro em Cada Bairro”. “[O Espaço Avenidas] é hoje um dos teatros em cada bairro que tem mais pessoas a participar, que conseguiu unir aquelas as comunidades cigana, cabo-verdiana, e todos aqueles que viviam segregados e distantes uns dos outros”.
O vereador destacou também o trabalho realizado por Daniel Gonçalves nos últimos quatro anos, “não só na área da cultura, mas também “a nível social, e de proximidade junto dos nossos comerciantes”. Por isso, ressalvou que esta “é uma candidatura de proximidade, de coesão social e eu penso que isso é mais o importante, porque o que está no centro da nossa ação são sempre sempre as pessoas”. O vereador apelou ainda ao voto na coligação ‘Por Ti, Lisboa’ “para não retroceder 18 anos. Não queremos voltar atrás, fizemos muito trabalho em Lisboa, esse trabalho está à vista. Nós olhamos para o programa da Alexandra Leitão, das Esquerdas, e não vemos propostas concretas”.
Trabalhar para uma freguesia que una gerações
“Esta candidatura sabe o que quer para Lisboa, conhece a cidade de forma profunda, ao contrário da candidatura da Alexandra Leitão”, reforçou, lembrando que o projeto ‘Por Ti, Lisboa’ “traz uma visão e um caminho de futuro para Lisboa”. Nesta apresentação, discursou também Marina Barros, candidata à Assembleia de Freguesia das Avenidas Novas pelo CDS. “Candidato-me porque acredito profundamente nesta freguesia, porque aqui vivo, aqui trabalho, aqui tenho a sede da minha empresa e conheço bem os seus desafios e as suas potencialidades. As Avenidas Novas não são apenas ruas e edifícios, são espaços de vida, cultura e inovação. Um lugar de memórias, mas também de futuro, onde a tradição e a modernidade se encontram”, começou por referir, lembrando “todo o trabalho que já foi feito até aqui” nos últimos anos.
“Vamos trabalhar, de forma concreta, por uma freguesia mais segura, inclusiva e sustentável para todos. Para uma freguesia mais verde e com mais vida, com espaços de convívio que realmente sirvam famílias, crianças e idosos, porque o espaço público é de todos e deve ser um ponto de encontro para todas as gerações. [Queremos] uma comunidade de respeito, onde cada um de vós se sinta verdadeiramente ouvido, protegido e valorizado”, frisou a candidata. Marina Barros sublinhou também que o projeto ‘Por Ti, Avenidas Novas’ pretende criar “uma freguesia com mais cultura e dinamismo, mas também uma freguesia onde os nossos idosos não sejam esquecidos”.
Mais oportunidades, defendem candidatos
Igualmente, pretende-se ainda criar “um lugar onde os nossos jovens encontrem também oportunidades para crescer, criar e inovar, e também o comércio local tenha espaço e os empresários se sintam defendidos e possam prosperar. Juntos podemos transformar os desafios da nossa freguesia em oportunidades para o futuro. Vamos honrar o passado das Avenidas Novas, valorizar o seu presente e construir de mãos dadas um futuro mais justo”, concluiu. Já Paula Carvalho, candidata pela Iniciativa Liberal, começou por referir que, não sendo natural de Lisboa, mas sim residente na capital há quase 40 anos, e há 15 nas Avenidas Novas, “é aqui que se sente em casa e que sou feliz”.
Lembrando a história das Avenidas Novas, “que deve o seu nome aos bairros novos que nasceram em Lisboa em finais do século XIX”, Paula Carvalho referiu que esta freguesia continua a ter um sentido de modernidade, “assente na sua centralidade e onde se pode concretizar a cidade dos 15 minutos de que Carlos Moedas tanto fala e tanto defende”. Esta acessibilidade, lembrou, é possível graças a vários espaços, como por exemplo o “Liceu Maria Amália, a Universidade Nova de Lisboa, a Biblioteca Palácio Galveias, ou a Fundação Calouste Gulbenkian”, entre outros equipamentos, a que se junta uma rede de transportes acessíveis.
Avenidas Novas foi a freguesia que mais cresceu nos últimos anos, acrescenta candidatura da Iniciativa Liberal
“Temos tudo o que é preciso para tornar esta freguesia um local aprazível e um bom sítio para se viver e assim devem ter pensado os cerca de 1.600 novos fregueses que para aqui se mudaram entre 2011 e 2021. Sim, as Avenidas Novas foram a freguesia de Lisboa que mais cresceu. [Cresceu] 7%, mais do que aquela que é a freguesia mais jovem de Lisboa, o Parque das Nações. ‘Por ti, Lisboa’ e ‘Por ti, Avenidas Novas’ são uma visão de uma freguesia que se quer para e pelos fregueses e não contra eles, queremos ir ao encontro das suas aspirações e legítimas expectativas, fundadas na segurança e nas políticas de continuidade, rejeitando radicalismos experimentais importados pelo Bloco das Esquerdas e que tão desastrosos resultados têm dado em cidades como São Francisco ou Toronto”.
“Serviço público é servir as pessoas, ouvi-las e responder aos seus anseios, sempre com respeito pelos princípios de que os recursos são limitados e o dinheiro é das pessoas, por isso as escolhas devem ser sempre as melhores e as menos onerosas para essas mesmas pessoas, sem lhes impor modelos e modos de vida que elas não querem, como acontece nos estados totalitários e déspotas em que algumas das nossas esquerdas se reveem”, criticou a candidata, que considera que as Avenidas Novas são “uma freguesia privilegiada, com todos os espaços públicos que detém, mas onde se pagam muitos impostos, nomeadamente IMI, sem que o retorno para os fregueses seja evidente”.
Mais segurança e acessibilidade
“É preciso melhorar o que já se tem para se poder ser ainda melhor, para cativar mais jovens e mais jovens famílias, que estimulem por um lado o rejuvenescimento, a frescura, a inovação, e por outro a coexistência e convívio de várias gerações, de que resultará sempre uma sociedade mais coesa, um tecido social mais forte”. Paula Carvalho reforçou ainda que é fundamental a proximidade e a sintonia entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, para que se possam encontrar as melhores soluções para os desafios do dia-a-dia, entre elas “a limpeza de ruas e passeios, dos jardins e dos espaços verdes, mas também” da manutenção das “rodovias e da calçada”.
Aqui, a candidata destacou também que é importante haver ciclovias nas Avenidas Novas, mas “pensadas de forma estrutural, que não afetem a fluidez do trânsito e, sobretudo, não ponham em causa a segurança dos ciclistas, dos peões e a dos próprios automobilistas”. Na segurança, não sendo ainda um tema problemático, “terá que ser devidamente equacionado para que não o venha a ser, sendo importantes as medidas preconizadas dos guardas noturnos e do policiamento de proximidade”, reforçou, lembrando também a necessidade de reforçar os transportes públicos e o estacionamento para moradores na freguesia.