Manuel João Vieira vence o “polvo” e entrega assinaturas no Tribunal Constitucional

O música e artista plástico Manuel João Vieira formalizou hoje, dia 3 de dezembro, a sua candidatura à Presidência da República, entregando as assinaturas necessárias no Tribunal Constitucional, no Palácio Ratton. O candidato deu vivas a um Portugal “absurdo, luminoso e absolutamente necessário”.  

Nas redes sociais, Manuel João Vieira considerou que hoje “é um dia histórico. Foram entregues as assinaturas necessárias ao TC para formalizar a minha candidatura presidencial. Obrigado a todos os que me apoiaram. Viva Portugal!”.

À porta do TC, o fundador e vocalista da banda Ena Pá 2000 e dos Irmãos Catita, Manuel João Vieira, declarou solenemente haver derrotado o “polvo” que o impedia de se candidatar ao cargo.

Em declarações à imprensa à saída do Tribunal, Manuel João Vieira disse ter entregado 12.500 assinaturas, após um processo de recolha que considerou “trabalhoso”, identificando como maior problema a obtenção de alguns documentos e “alguns subterfúgios” que, argumentou, tiveram como intenção travar a sua candidatura.

“É verdade que existe um polvo que está, desde 2001, a impedir o candidato Vieira de entrar na vida política e esse polvo tem uma cabeça e cada tentáculo tem uma cabecinha que tem mais tentáculos com mais cabecinhas. Mas isto não faz sentido nenhum”, atirou

O músico reiterou uma promessa antiga: “só desistir se for eleito”, aludindo à velha máxima de Groucho Marx (comediante e ator), que, grosso modo, afirmava que “nunca entraria num clube do qual fizesse parte…”.




Sobre as estratégias para esta campanha, Manuel João Vieira afirmou que irá defender um país diferente e que lutará por um “poder ilimitado, no sentido simbólico e metafórico”, para o chefe de Estado, acrescentando que a candidatura agirá por “amor à pátria”.

“Sebastianismo inerte” tem prejudicado Portugal

Para o candidato, Portugal “precisa de dar um salto em frente e manter a velocidade” para voltar a ser o país que “já liderou o mundo na conquista dos mercados internacionais e liderou a pirataria e o mar”.

Contrariando a tese dos saudosistas e dos “sebastianistas”, o músico concretiza algumas das suas medidas para “alavancar” o país.

“Portugal não utiliza várias coisas que tem ao seu alcance. Portugal é um dos países com uma das maiores reservas de ouro do mundo, que pode pôr também ao seu serviço naquilo que é engenharia espacial, a engenharia agrícola, a inteligência artificial. Nós estamos a sofrer de um sebastianismo inerte desde há tempo demais. E neste momento temos de dar o pulo em frente e continuar aquilo que estávamos a fazer”, acrescentou.

Após as declarações aos jornalistas, seguiu-se a leitura de um discurso em que o candidato explanou as suas teorias sobre o devir do país.

“Portugal não precisa de administração. Portugal precisa de criação. Somos um povo que atravessou séculos porque sempre acreditou naquilo que não existe. Hoje, peço que acreditem num presidente que também não devia existir, mas existe. Pelo futuro a 100 mil anos, só eu posso, na segunda volta, acabar com esta imbecil aventura. Viva Portugal absurdo, luminoso e absolutamente necessário”, atirou.

Se for eleito (e não desistir), o músico promete canalizar vinho tinto em todas torneiras do país, bem como oferecer uma Ferrari a cada português.

Foto de capa: Manuel João Vieira

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