O concurso dos Tronos de Santo António e o das Sardinhas Festa de Lisboa, bem como o anúncio do tema vencedor da Grande Marcha são três atividades que dão «um cheirinho à Lisboa», em vésperas dos Santos Populares de Lisboa.
Junho é o mês de Lisboa, dos arraiais, da sardinha assada, das marchas populares e dos casamentos de Santo António. Contudo, este ano, as festas e desfile na Avenida das Marchas populares foram adiadas para o próximo ano. Mas, como os alfacinhas «adoram os seus santos» e para lhes dar «um cheirinho a manjerico, misturado com o da sardinha assada», a EGEAC decidiu avançar com o 10º concurso Sardinhas Festas de Lisboa, com os Tronos do Santo mais popular da capital, e anunciar o grande vencedor do concurso Grande Marcha.
Há um ano, Lisboa engalanava-se para receber os santos populares. A noite de 12 para 13 foi a mais concorrida, mas durante todo o mês de junho, manda a tradição, os moradores dos mais bairros típicos improvisaram bares e restaurantes onde a sardinha foi a rainha da festa. Da Madragoa à Bica, passando por Alfama, Marvila e Parque das Nações, todos os caminhos foram dar aos Santos Populares. Todavia, este ano, os arraiais e desfiles estão proibidos. Por isso, aos alfacinhas «só lhes resta despedirem-se» das festas dos Santos Populares, com um «até para o ano».
Esta era a semana que os bairros e as coletividades realizavam os últimos ensaios das marchas populares e «afinavam» a decoração das ruas com arcos e balões, ensaiava-se o desfile e a cerimónia dos Casamentos de Santo António e preparava-se a tradicional procissão de Santo António.
Já há vencedor das «sardinhas»
Para dar uma pequena alegria aos alfacinhas, a EGEAC decidiu avançar com o 10.º Concurso Sardinhas Festas de Lisboa, estando já escolhidas as vencedoras desta edição.
Este ano às sete selecionadas (seis do concurso geral e uma da Turma da Sardinha), que vão receber um prémio no valor de 1.500 euros, juntam-se três sardinhas distinguidas com menções honrosas através de uma votação online do público na página das Festas de Lisboa.
Nesta décima edição do concurso, que decorreu entre março e abril, foram submetidas 3639 propostas de sardinhas (mais 1686 do que no ano passado), provenientes de 53 países. À Turma da Sardinha candidataram-se 672 propostas de escolas de todo o país.
Da pandemia, ao ambiente, passando pelas festas lisboetas (à janela), quase tudo serviu de inspiração para as sardinhas vencedoras deste ano, três portuguesas e três internacionais (oriundas da Turquia, Itália e Canadá).
A «coerência gráfica e plástica», aliada à «originalidade, legibilidade e qualidades técnica e estética» ditaram a escolha das vencedoras pelo júri deste ano, composto pelo artista plástico Ricardo Ramos (que assina como Xico Gaivota e tem desenvolvido obras com lixo recolhido nas praias), pela radialista e apresentadora de televisão Inês Lopes Gonçalves, pelo escritor, realizador, ilustrador e músico Afonso Cruz e pelo designer Jorge Silva (o “Pai da Sardinha”). Uma seleção, considerou o júri, variada e inevitavelmente representativa dos tempos que vivemos atualmente, de uma forma artística e positiva.
A «Sardinha SMILE» da escola E.B. 2/3 Professor Paula Nogueira, em Olhão, junta-se ao lote das vencedoras deste, como a melhor da Turma da Sardinha, eleita pela apresentadora e atriz Cláudia Semedo e por Jorge Silva. Nesta competição, o júri atribuiu ainda uma distinção de mérito a mais 2 sardinhas realizadas por alunos do Colégio da Bafureira, na Parede, e da Escola Básica de Vendas Novas n.º 1.
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