A vereadora da Câmara Municipal de Oeiras, Joana Batista, revelou que a autarquia está em conversações com a Direção Geral de Faróis e com a Direção Geral do Património, para recuperar e reabilitar o Forte de São Lourenço, mais conhecido pelo Farol do Bugio.
Olhando a mansa barra do Tejo ninguém diria que é, afinal, uma perigosa armadilha de correntes ferozes e marés violentas. Mas foi, nesse estuário enganador, que se erigiu um forte isolado que constitui, até hoje, uma referência internacional da história da engenharia militar marítima, lembrando que o concelho de Oeiras é o que tem mais fortificações militares.
Uma difícil aventura que levou cerca de cem anos a concluir-se. No início do processo, em finais do séc. XVI, chamou-se Torre de São Lourenço da Cabeça Seca, depois foi o Forte de São Lourenço e só em meados do séc. XX, quando foi desarmado, é que passou a ser conhecido como Farol do Bugio.
A vereadora Joana Batista, da Câmara Municipal de Oeiras, afirmou hoje, durante uma visita organizada pela Câmara Municipal de Oeiras, com o intuito de proporcionar um dia diferente e de convívio com dirigentes do SIMAS de Oeiras e Amadora, que é intenção da autarquia oeirense recuperar e reabilitar o Forte de São Lourenço, vulgo Farol do Bugio, existindo já conversações com as direções gerais dos Faróis e do Património.
Na perspetiva de Joana Batista, este monumento icónico de Oeiras vai ser recuperado pela Câmara, «até porque faz parte da estratégia de Oeiras Capital Europeia da Cultura 27», que já conta com o apoio das Câmaras de Lisboa e Almada.
Esta visita demonstrou, claramente, que é «necessário sensibilizar as autoridades que detém a jurisdição sobre este património único para a necessidade de intervir, rapidamente, para que o estado de degradação não se acentue, sendo também «necessário intervir para dar àquele espaço as condições minimamente dignas para que o próprio seja ilustrador da memória do que foi», defende Joana Batista.
Por seu turno, o historiador Joaquim Boiça, filho, neto e bisneto de faroleiros, acredita que o Bugio «poderia ser, com a boa vontade de algumas instituições (o monumento é gerido pela DGF e pelo Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico – IGESPAR), um dos espaços mais emblemáticos para visitar na cidade de Lisboa», defendendo que seria «interessante criar uma museografia diferente para aquele espaço, pensada para acolher exposições sazonais».
No entanto, o historiador lembra que, há 20 anos, quando aquele farol foi alvo de obras de recuperação pela última vez, «o processo foi complicado». «Foi necessário sentar à mesa cerca de 20 instituições para recuperar o farol, que ameaçava ruir», lamenta o também comissário do eixo «Fortificações de Oeiras – Património do Tejo e do Mundo», que faz parte do processo de candidatura de Oeiras Capital Europeia da Cultura 27.
Pensado e construído para defender a entrada de Lisboa, o Forte do Bugio ficou concluído em 1657, depois de quase 70 anos de obras de construção. Desde cedo começa a servir também de farol, albergando faroleiros até ao final da década de 1980 e, também, uma prisão política.
O Forte onde se encontra o tão nosso conhecido Farol do Bugiu, e um de varios fortes existentes na foz do magnifico rio Tejo. Desejo acrescentar que só alguns teem.merecido o cuidado e respeito que todos merecem, senão comparen-nos com Torre de Belém, desses fortes que atrás referi. Mas nos concelhos de Lisboa, Amlada e Cascais há outros mortes monumentais, também eles merecedores fa atenção dos nossos cidadãos apreciadores no excelente património historico militar e artístico no.ambito do nosso conhecimdnto de carácter cultural.