Os vereadores do PCP na Câmara Municipal de Lisboa vão apresentar amanhã, 17 de novembro, uma moção defendendo a suspensão do processo de construção da Linha Circular entre o Cais Sodré e o Campo Grande, devendo ser dada prioridade à expansão da rede de metropolitano para a Zona Ocidental de Lisboa, bem como até Loures.
Amanhã, 17 de novembro, por iniciativa dos vereadores do PCP, a Câmara Municipal de Lisboa vai discutir a proposta de suspensão do projeto da Linha Circular do Metro, apresentado pela CDU que considera que a «concretização do projeto da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa seria um erro colossal, com efeitos negativos significativos nas opções de mobilidade na cidade de Lisboa».
Para além dos prejuízos diretos, a Linha Circular, do ponto de vista do PC, «implica o protelamento de investimentos, esses sim, necessários e prioritários no desenvolvimento da rede de Metropolitano», lembrando que «a própria Assembleia da República, em sede de debate do Orçamento de Estado aprovado para 2020, determinou, relativamente à expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, que deveria ser dada prioridade à expansão da rede de metropolitano até Loures, bem como para Alcântara e a Zona Ocidental de Lisboa, suspendendo-se o processo de construção da Linha Circular entre o Cais Sodré e o Campo Grande».
Na perspetiva dos vereadores comunistas, «s a obstinação do Governo e da anterior maioria na Câmara Municipal de Lisboa justificou, contra tudo e contra todos, o arranque do projeto», mostrando-se esperançados que a «alteração da composição do executivo municipal, na sequência das últimas eleições autárquicas, torne possível que a Câmara Municipal de Lisboa assuma junto do Governo uma oposição ativa à concretização deste erro estratégico, procurando soluções que o evitem, tendo em conta o atual estádio de desenvolvimento do projeto».
Assim, por iniciativa dos vereadores do PCP, a Câmara Municipal de Lisboa irá pronunciar-se, na sua reunião privada de amanhã, sobre uma proposta de deliberação que visa:
1 – Instar o Governo a determinar ao Metropolitano de Lisboa a suspensão de todo o processo relativo à construção da linha circular, incluindo a instrução ao Metropolitano de Lisboa para não assinar a concessão da obra dos viadutos do Campo Grande;
2 – A articulação urgente entre o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa, para identificar as prioridades que devem ser estabelecidas para a rede do Metro, reavaliando o impacto da suspensão imediata das obras da Linha Circular, refazendo projetos e fazendo os estudos de impacto financeiro.
3 – No atual contexto de execução da obra, estudar como prioritária a expansão da rede do Metro: a) A Alcântara e à Zona Ocidental de Lisboa; b) A ligação a Loures, através da Linha Amarela; c) A ligação a Benfica através da Linha Verde, via Telheiras.