O metro da capital registou uma quebra de 5,1% nas validações face ao ano de 2020 e perdeu mais de metade dos passageiros em comparação com 2019. Em 2021, um total de 81,3 milhões de passageiros usou o Metropolitano de Lisboa, uma quebra de 4,3 milhões face a 2020 e de 92,4 milhões face a 2019, o último ano ainda sem o impacto da pandemia da covid-19.
O Metropolitano de Lisboa registou no ano passado 81,3 milhões de passageiros, menos 4,3 milhões face a 2020, devido à pandemia de covid-19 e consequentes restrições impostas à circulação de pessoas, anunciou hoje a empresa. Em comunicado, a empresa indica que em 2021 registaram-se menos 92,4 milhões de passageiros relativamente ao verificado em 2019.
O número de passageiros de 2021, segundo o Metropolitano de Lisboa (ML), corresponde a uma redução na procura, comparativamente com 2020 e 2019, de 5,1% e 53,2%, respetivamente.
A empresa explica que o decréscimo de passageiros transportados no ano passado teve como principal causa a situação pandémica, que se verifica desde março de 2020 e que causou quebras da procura coincidentes com picos pandémicos e imposições de medidas restritivas à circulação de pessoas.
«Entre abril e dezembro de 2021, verificou-se um ligeiro aumento dos passageiros com validações de 29% face ao mesmo período de 2020, mantendo-se esta tendência positiva em janeiro do corrente ano, o qual revela um aumento de 40,8% da procura nos passageiros relativamente ao período homólogo de 2021», realça o Metropolitano. Tendo em conta estes dados, a empresa prevê «uma tendência para uma recuperação sustentável da afluência de clientes durante o corrente ano».
Assi, o Metropolitano de Lisboa prevê, em 2021, atingir uma receita total de 98,4 milhões de euros. «Esta receita inclui compensações financeiras com passes sociais (4_18, Sub23, Social+ e Antigos Combatentes), pagamentos PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária, e receitas provenientes dos apoios extraordinários disponibilizados pelo Governo às Áreas Metropolitanas e Comunidades Intermunicipais, através de verbas do Fundo Ambiental para compensação no âmbito da crise pandémica», é referido na nota.
De acordo com a empresa, o total destas compensações atribuídas em 2021 corresponde a um aumento de 17,4% face ao mesmo período de 2020, em que o Metropolitano de Lisboa obteve uma receita total de 83,9 milhões de euros.
A transportadora destaca ainda que a compensação no âmbito da crise pandémica «foi a componente que apresentou um maior crescimento em 2021 face a 2020, tendo-se verificado um aumento de 66,2% com vista a equilibrar a redução de passageiros».