Quatro projetos inovadores distinguidos com o Prémio InnOValley

O Prémio InnOValley distinguiu, esta quinta-feira, 20 de junho, quatro projetos nas áreas da Saúde e Sustentabilidade. Esta cerimónia aconteceu no World Trade Center, em Carnaxide, e contou com a presença do diretor do InnOValley, Pedro Pedrosa, do presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, e do vereador com o pelouro da Educação da CMO, Pedro Patacho, entre outros. 

Quatro projetos nas áreas da Saúde e da Sustentabilidade foram distinguidos, esta quinta-feira, 20 de junho, com os prémios do Fundo de Prova de Conceito InnOValley. A cerimónia realizou-se no World Trade Center, em Carnaxide e foi presidida pelo Diretor do InnOValley, Pedro Pedrosa, contando ainda com a participação do presidente da Câmara Municipal de Oeiras (CMO), Isaltino Morais, do vereador Pedro Patacho, bem como das representantes do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGS), Maria Manuel Mota, e do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB Nova), Isabel Rocha.

Segundo o diretor do InnOValley, Pedro Pedrosa, começou a sua intervenção a lembrar que “é a ciência e a inovação que nos leva para o futuro, que faz melhorar a nossa qualidade de vida, que torna o planeta mais sustentável e permite que todo o nosso trabalho se torne um benefício para a sociedade”. O Fundo Prova de Conceito InnOValley é um fundo co-financiado pelo IGS instituições e pela Câmara Municipal de Oeiras. No total, estão destinados, anualmente, cerca de 200 mil euros para os quatro melhores projetos. Desta forma, cada vencedor tem direito a 50 mil euros, durante um ano, para a implementação das suas provas de conceito.

Projeto surgiu em 2021

Esta iniciativa, disse Pedro Pedrosa, surgiu em 2021, e foi pioneira em Portugal. “Foi muito interessante ver que outras instituições, no nosso ecossistema português, também arrancaram com as suas próprias provas de conceito, também baseadas no nosso modelo, que é baseado no modelo internacional”. No total, esta iniciativa recebeu “21 candidaturas”, sendo que os projetos são integrados em “duas grandes áreas”, ou seja, a “área de saúde humana e a área de sustentabilidade”, projetos estes que “são transversais a tudo aquilo que é a investigação que é feita nos dois institutos”.

Igualmente, existem “projetos que vão desde o desenvolvimento de novas terapêuticas para doenças infecciosas, novos equipamentos para serem utilizados na agricultura para conseguirmos monitorizar o crescimento das plantas e das culturas, até projetos de tratamento de águas residuais”, exemplificou o responsável. Posteriormente, todas as candidaturas são avaliadas por um júri que incluí profissionais de instituições de renome, não só em Portugal como no resto do mundo. “É uma alegria extraordinária estar aqui convosco e estarmos aqui a celebrar a terceira edição dos prémios InnOValley, uma iniciativa que é âncora daquilo que é a Agenda Estratégica de Oeiras para a Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse.

Apoiar a ciência

Por sua vez, Pedro Patacho, vereador da CMO, sublinhou que “Oeiras foi o primeiro município em Portugal a ter uma agenda territorial para o apoio ao desenvolvimento da ciência e de inovação em parceria com as universidades, as empresas e os centros de ciência, com a capacidade que existe instalada no território”. O prémio InnOValley conta com “mais de 350 mil euros de investimento externo de outras entidades, o que vem confirmar aquilo que nós antecipámos que viria a acontecer, que é a afirmação do prémio junto da comunidade científica e das empresas”.  Pedro Patacho aproveitou ainda para fazer o apelo a que se consiga transferir “a tecnologia para o mercado, através de produtos ou serviços que acrescentem valor e resolvam os problemas das pessoas”, e também a que as empresas apoiem esta transferência.

Os premiados, nesta edição, foram Sofia Ferreira (NOVADOPASTREAM – Accelerating Precise Dopamine Fermentation), Teresa Pais ((Harnessing Extracellular Vesicles from Human Cells for Targeted Delivery of Anti-inflammatory Drugs to Brain Endothelial Cells in Cerebral Malaria), Catarina Pimentel (PONTUSIN – A First In-Class Antifungal Drug) e Carlos Moreira (COPE – Cutin Oligomeric Plant Immune Elicitors to Improve Plant Protection). Já Isabel Rocha, destacou a “parceria especial” do ITQB Nova com a Câmara de Oeiras, a qual tem tido “um impacto tão significativo”. “Este projeto vem cumprir uma lacuna muito relevante no panorama nacional no que diz respeito ao financiamento da ciência, à maturação das tecnologias que são desenvolvidas e da ciência que é desenvolvida nos institutos de investigação e que possam conduzir à criação de três missões: da educação, da investigação e ciência e da missão da criação de valor”.

Oeiras atribui mais bolsas de estudo do que toda a AML junta, diz Isaltino

“Nos últimos anos, temos investido bastante na universidade com diferentes parceiros, mas também com o apoio do município. Esperamos que, nos próximos anos, possamos ter um verdadeiro ecossistema de inovação em Oeiras e que nos possa garantir mais empregos qualificados, mais exportações, mais impacto social e mais tecnologia de base portuguesa que chegue ao mercado e à sociedade”. Por fim, Isabel Rocha apelou também a que as empresas se juntem a esta iniciativa, de forma a ampliar o seu “impacto”. Já o presidente da CMO, Isaltino Morais, começou a sua intervenção a referir que “Oeiras foi primeiros municípios, a ter uma agenda de ciência”.

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“Se continuarmos a insistir, a investir, a apoiar os investigadores, vai haver resultados”, disse o autarca, destacando os investimentos que a autarquia realiza na área do ensino superior e da investigação. “Em Oeiras, são atribuídas mais bolsas de estudo do que todos os municípios da Área Metropolitana de Lisboa juntos”. “Não se dá, à ciência e à investigação a importância que se devia dar”, criticou o presidente da autarquia oeirense, ressalvando que, estas apostas contribuem para a criação de “condições para uma vida melhor, para mais qualidade de vida e uma vida mais longa”.

“Quando uma Câmara Municipal, como a de Oeiras, apoia projetos como este, não tem a ver com o voto, mas sim com o facto de acreditarmos que se apoiarmos determinadas iniciativas, que não estão ainda com a maturidade suficiente a nível nacional, haverá resultados”. Para Isaltino Morais, “estas realizações são a prova do esforço contínuo da CMO para integrar o ecossistema de Oeiras com o setor empresarial, com sinergias que potenciam o desenvolvimento de novos projetos”. Isaltino Morais desafiou outras instituições científicas e empresas do concelho a juntarem-se a esta iniciativa.

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