Oeiras inaugurou mais dois alojamentos para professores

A Câmara Municipal de Oeiras (CMO) inaugurou, esta terça-feira, mais dois alojamentos casas destinados a professores deslocados no concelho. Cada beneficiário pagará uma renda mensal de 150 euros, com tudo incluído.

O número 23 da Rua da Fundição de Oeiras, em Oeiras, conta com mais dois alojamentos destinados a professores deslocados e que laborem no concelho. Estas duas novas respostas juntam-se ao alojamento inaugurado em maio na mesma rua, e vão albergar 15 docentes, que vão pagar, cada um, 150 euros de renda mensal, com tudo incluído. “Nada nos dá mais prazer, de facto, do que entregar casas. Estamos habituados a entregar casas a famílias carenciadas”, começou por afirmar o presidente da Câmara Municipal de Oeiras (CMO), Isaltino Morais, acrescentando que, na próxima semana, irá lançar “a primeira pedra de mais quatro empreendimentos” habitacionais destinados a famílias carenciadas.

No entanto, destacou ainda o edil, “este momento é diferente dos outros, porque destina-se a entregar alojamentos a professores, conscientes das dificuldades que muitos professores deslocados tinham em conseguir arranjar um quarto”. “Na realidade, quando conseguiam, metade do ordenado ia para o quarto. Eu tive a oportunidade, naqueles momentos em que fazemos a recepção dos professores, de falar com muitos professores que diziam que tinham muita dificuldade em ir visitar a família ou a família visitá-los porque metade do ordenado ia para o alojamento, e, muitas vezes, para alojamentos sem grandes condições”, disse ainda o autarca, lembrando que muitas destas casas ficam longe do local onde estes docentes leccionavam.

Dois mil docentes a leccionar em Oeiras

“Nós temos cerca de dois mil professores e cerca de 20 mil alunos. Se pensarmos que mais de 25% dos municípios portugueses têm menos de 10 mil habitantes, isto dá uma ideia da magnitude do problema”, afirmou o presidente da CMO, admitindo, contudo, que esta resposta não resolve a totalidade do problema da falta de alojamentos para professores, mas permite diminuí-lo um pouco. Em paralelo, destacou ainda, “também estamos a preparar alojamentos para polícias. Já disponibilizámos um terreno, mas a coisa ainda não avançou, porque o primeiro era o Ministério da Administração Interna que ia fazer o projeto e passados dois ou três anos, chegam à conclusão que não conseguem fazer os projetos, e batem à porta da Câmara outra vez”.

Os dois novos alojamentos, a “Casa dos Oficiais” e a “Casa dos Sargentos” agora inaugurados são de tipologia T7 e T8, o que significa que cada uma tem sete e oito quartos, respetivamente. A “Casa do General”, recorde-se, conta com oito quartos individuais. Este é um edifício de dois pisos, que corresponde à antiga habitação do Comandante do Quartel do Regimento de Artilharia da Costa – RAC. O espaço foi alvo de obras de beneficiação e adaptação, tendo ainda uma boa exposição solar, cozinha, área de convívio e jardim. No conjunto, estes três empreendimentos representam um investimento municipal de mais de 386 mil euros e albergam 23 professores.

Diminuir as dificuldades no acesso à habitação

“Se eu fosse professor, gostava de viver aqui”, admitiu Isaltino Morais, elogiando o trabalho da equipa técnica que remodelou e recuperou estes imóveis. Esta obra, à semelhança da ‘Casa do General’, visou a recuperação e reabilitação dos imóveis que eram destinados ao Quartel do Regimentos de Artilharia da Costa – RAC. “Esperamos que haja um grupo de professores mais felizes, mais satisfeitos, e que possam, naturalmente, estar disponíveis para os seus alunos com outro estado de espírito, para os alunos e para os pais.

O Município de Oeiras procura, assim, mitigar a falta de docentes que, por razão dos elevados preços praticados no mercado imobiliário, têm dificuldades em se fixar no concelho para exercer a sua atividade profissional”, reiterou o presidente, adiantando que a reabilitação da ‘Casa do General’ custou “117 mil euros, ‘A Casa dos Oficiais’, 133 mil, e a ‘Casa dos Sargentos’, 134 mil euros” e que toda a empreitada demorou nove meses a ser concretizada. No final desta inauguração, Isaltino Morais entregou as chaves da habitações aos docentes que nelas vão viver, desejando, a todos, “as maiores felicidades a todos os professores que passaram por aqui”.

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