AVENIDA DA LIBERDADE COM NÍVEIS PERIGOSOS DE POLUIÇÃO

A Av. da Liberdade, em Lisboa, voltou a ter níveis perigosos de poluição do ar. A associação ZERO apela às cidades portuguesas para criarem zonas de emissões zero e zonas de emissões reduzidas. Lembrando que as zonas de emissões reduzidas proliferam na Europa e mostram-se claramente eficazes na redução da poluição e das emissões de dióxido de carbono

A associação ambientalista Zero alertou hoje, 9 de dezembro, que a poluição dos carros na avenida da Liberdade, em Lisboa, disparou nos últimos meses, voltando a superar os limites previstos na lei, e apelou à criação de zonas com circulação automóvel condicionada.

Apelando a que se avance com a prometida Zona de Emissões Reduzidas (ZER) de Lisboa, a Zero sublinha, num comunicado, que a cidade está «à beira de voltar a ultrapassar o valor-limite de dióxido de azoto», que sai dos carros, na Avenida da Liberdade, «arriscando multa da União Europeia».

Segundo dados revelados no comunicado, as concentrações de dióxido de azoto (NO2) na avenida da Liberdade, «medidas nas estações de monitorização da qualidade do ar geridas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, e cujos dados provisórios são disponibilizados pela Agência Portuguesa do Ambiente», dispararam desde outubro.

«Depois de em 2020, e pela primeira vez desde que está em vigor a atual legislação europeia sobre qualidade do ar, a estação da Av. da Liberdade ter conseguido respeitar o valor-limite anual de 40 ug/m3 no que respeita ao dióxido de azoto, tudo indica que tal não irá acontecer em 2021. De momento, a média anual é de 40,2 ug/m3 e os valores desde outubro inclusive» estão «a níveis equivalentes praticamente ao dobro dos que se registaram entre janeiro e setembro de 2021», adianta a associação ambientalista.

A Zero sublinha que existem, cada vez mais, cidades europeias com áreas conhecidas como «zonas de emissões reduzidas (ZER, que impedem a entrada dos carros mais poluentes) e zonas zero emissões (ZZE, quando não é permitida a entrada de qualquer automóvel), ascendendo hoje a 250, numa tendência crescente que Portugal não acompanha».

Além de serem consideradas por governos e autarquias de toda a Europa como «instrumentos fundamentais na proteção do ar limpo nas cidades e do clima», estas zonas de emissões reduzidas são, defende a Zero, benéficas para o comércio local e, em específico, para as compras na época do Natal.


 

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