Cinco novos murais sobre o 25 de abril para conhecer em Lisboa

A Galeria de Arte Urbana, da Câmara Municipal de Lisboa (CML), lançou o desafio a cinco artistas para que criassem cinco murais dedicados aos 50 anos do 25 de abril, que podem ser vistos desde esta terça-feira, 20 de agosto, até 10 de setembro, em diferentes zonas da cidade.

António Alves, Youth One, +MaisMenos-, Kruella D’Enfer e Arisca são os cinco artistas de arte urbana que foram convidados pela Galeria de Arte Urbana, da Câmara Municipal de Lisboa (CML), a criar cinco murais dedicados aos 50 anos da Revolução dos Cravos. Os percursos dos artistas escolhidos são representativos das cinco décadas da história da arte urbana em Portugal, e os cinco murais podem ser vistos em várias zonas da cidade, desde esta terça-feira, 20 de agosto, até 10 de setembro.

António Alves (nascido em 1957), foi muralista do PREC (Processo Revolucionário em
Curso), sendo que, nas décadas de 1970/80, passou pela intervenção nas paredes como prática discursiva de resistência e de contrapoder, atividade que mantém aos dias de hoje. O seu trabalho pode ser visto desde a próxima quinta-feira, 22 de agosto, até ao dia 31 do mesmo mês, na Calçada dos Mestres/ Av. Calouste Gulbenkian (Parque Canino). Por sua vez, Youth One (1974), nasceu em plena revolução de Abril, sendo o seu trabalho representativo da década de 90 da arte urbana. Igualmente é um dos precursores da afirmação do graffiti em Portugal.

Artistas convidados representam uma década diferente

Pode ver o seu trabalho entre 20 a 30 de agosto, na Rua B ao Bairro da Liberdade, nº 1. Já +MaisMenos-, pseudónimo de Miguel Januário (1981), é um artista multidisciplinar, e que se iniciou graffiti nos anos 2000, época em que a arte urbana começou a cruzar com diferentes géneros artísticos e suportes (design, vídeo, instalação, pintura, performance), e que levou a arte urbana para a cena da arte contemporânea. O seu mural está disponível entre 20 e 24 de agosto na Avenida Gago Coutinho, nº 3.

O quarto mural é de Kruella D’Enfer (1988), que se estreou na década de 2010 e contribuiu para a afirmação das mulheres na arte urbana, cruzando ainda a arte urbana, o design gráfico e a ilustração. O seu trabalho pode ser visto entre 3 a 10 de setembro no Teatro Taborda, na Rua Costa do Castelo, nº 75. Por fim, Arisca (1993), é uma artista de pintura mural e ilustração, e representa a nova geração feminina na arte urbana na década de 2020.

Ao mesmo tempo, tem contribuído para a afirmação feminina do muralismo e para a reflexão sobre corpo e identidade, interações e conexões sociais. O seu mural estará em Santa Apolónia, na Rua dos Caminhos de Ferro, nº 58 e 66, entre os dias 26 de agosto a 2 de setembro. A iniciativa termina a 18 de setembro com uma conversa entre os cinco artistas, no Teatro Taborda, pelas 18 horas, sendo que a entrada é livre.

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