António Costa anuncia “grande projeto de regeneração urbana” para a margem sul. Por outro lado, acredita que é desta que avançam os projetos do Arco Ribeirinho Sul. Entre as obras está a extensão do Metro Sul do Tejo, no Seixal, a criação de duas pontes rodoviárias e um terminal fluvial na Moita.
Estas são algumas das novidades que António Costa, revelou esta quarta-feira, dia 29 de março, no Barreiro. Esta visita do primeiro-ministro à margem sul aconteceu no âmbito da iniciativa ‘Governo Mais Próximo’. Os projetos anunciados têm como objetivo a regeneração urbana daquela zona.
Por outro lado, António Costa, acompanhado de vários ministros e autarcas, anunciou ainda um novo terminal na Moita, para os barcos da Transtejo que fazem a ligação a Lisboa. Estes projetos englobam ainda novas ligações rodoviárias entre o Barreiro e os concelhos do Seixal e Montijo e ainda um corredor verde para bicicletas e peões, de Almada até Alcochete.
“A margem esquerda do Tejo merece um grande projeto de regeneração urbana”, afirmou António Costa. Por outro lado, o primeiro-ministro sublinhou ainda que “é particularmente gratificante iniciar estes dois dias de Governo Mais Próximo, com o arranque efetivo dos trabalhos que são necessários para construir o futuro”.
Requalificação urbana
O Arco Ribeirinho Sul é um projeto de requalificação urbana que pretende revitalizar e requalificar as zonas ribeirinhas dos concelhos de Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. O objetivo é “devolver a este território um ambiente seguro, sustentável e atrativo para quem visita a região e para quem nela habita e cresce”. O projeto refere-se ao Tejo como “um rio em forma de um mar de oportunidades ainda por explorar”.
Na apresentação, o Ministro das Finanças, Fernando Medina, salientou que o que se pretende “é que esta região não seja um dormitório da cidade de Lisboa”. Ou seja, o que se quer é que esta zona “seja sim, um grande polo gerador de emprego altamente qualificado”. O objetivo é que seja “capaz de propiciar melhores salários e melhores condições de vida para os jovens”.
Em segundo lugar, “que seja um referencial do ponto de vista da qualidade de vida”. Desta forma, “que seja capaz de propiciar condições para a fixação das pessoas e das atividades de forma sustentável, ao longo do tempo e com tudo o que isso significa”. Neste sentido, Medina referiu a necessidade de criar “condições ao nível da habitação acessível, da construção de equipamentos e de modernas infraestruturas de transporte”.
Mobilidade
Por outro lado, está ainda prevista a construção de um passeio Arco Ribeirinho Sul. Este irá desenvolver-se numa via junto ao rio, e será pedonal e ciclável. Ao mesmo tempo, irá ainda contar com estruturas verdes e uma extensão de 38 quilómetros, ligando Almada a Alcochete.
No mesmo sentido, está ainda em cima da mesa o reforço da oferta do transporte fluvial e da expansão do Metro Sul do Tejo a todos os concelhos do Arco Ribeirinho Sul. Contudo, o projeto prevê ainda a criação de um Plano Geral de Mobilidade, a construção de habitação pública com arrendamento acessível e a criação de um novo Pólo de emprego qualificado que beneficie toda a Área Metropolitana de Lisboa.
O anúncio destes projetos foi precedido de uma visita de Fernando Medina aos territórios do Arco Ribeirinho Sul. Em Almada, o ministro visitou os antigos estaleiros da Lisnave. A visita aconteceu numa altura em que o distrito de Setúbal está a acolher o Governo Mais Próximo. O périplo antecedeu ainda a apresentação destas decisões em Conselho de Ministros, que aconteceu esta quinta-feira, dia 30 de março.
António Costa de barco
“Eu nunca me esqueci do dia em que apanhei um barco no Terreiro do Paço, com os vereadores das Finanças e do Urbanismo da Câmara de Lisboa”, recordou António Costa. Esta visita até à Câmara do Barreiro serviu para “discutir como podíamos pôr a andar este projeto do Arco Ribeirinho Sul. Na altura, não conseguimos. Agora, vamos conseguir”, garantiu o primeiro-ministro.
Contudo, Costa explicou agora as razões que levaram ao constante adiamento destes projetos. “Esta margem esquerda do Tejo merece um grande projeto de regeneração urbana. Não temos uma Expo2023, mas temos a ambição de 2023”, sublinhou.
Por fim, “é essa ambição de passarmos definitivamente de um projeto que já tem 12 anos e, entre crises financeiras, hesitações sobre localizações de travessias e de aeroportos, de TGV que se desenvolvem ou não se desenvolvem foram mantendo este território de imensas oportunidades num quase vazio”, finalizou.
Tudo muito BONITO mas a travessia para sair de Lisboa é que fica tudo na mesma ou seja na (GAVETA)