LINHAS AMARELAS E VERDE DO METRO ENCERRADAS ATÉ JULHO

As Linhas Amarela e Verde do Metropolitano de Lisboa vão ter interrupções temporárias até julho. Para mitigar os impactos, o Metro vai aumentar a oferta de comboios na Linha Verde. Entretanto, UACS está preocupada com acessibilidade e apoios às empresas perante as obras na baixa e na zona ribeirinha.

A circulação das linhas Amarela e Verde do Metropolitano de Lisboa (ML) vai sofrer interrupções temporárias entre 29 de abril e 7 de julho, com vista à “concretização do prolongamento das linhas Amarela e Verde”.

Em causa estão trabalhos relacionados com a integração dos viadutos em construção, que vão provocar alguns constrangimentos na circulação dos comboios em parte dessas duas linhas.

Alternativas

São as seguintes as estações e percursos que estarão encerrados e as alternativas:

– Em 29 e 30 de abril, na Linha Amarela, vai estar encerrado o troço entre a Cidade Universitária e o Rato, sendo a circulação feita entre Odivelas e Campo Grande (e sentido oposto).

– De 02 de maio a 07 de julho vão estar encerrados a estação de Telheiras, na Linha Verde, e o troço entre o Campo Grande e a Cidade Universitária, na Linha Amarela.

– Na Linha Verde, entre 02 de maio e 07 de julho, a circulação vai realizar-se entre o Campo Grande e o Cais do Sodré com comboios de três carruagens (numa fase inicial).

– Na Linha Amarela, naquele período, a circulação será no troço Campo Grande-Odivelas com comboios de três carruagens e no troço Cidade Universitária-Rato com comboios de seis carruagens.


“A concretização destes trabalhos, pela sua natureza e complexidade, não é compatível com a circulação, em segurança, dos comboios e o funcionamento do serviço de transporte, obrigando à realização de um conjunto de interrupções de circulação temporárias e em partes das linhas Amarela e Verde”, é referido na nota da empresa.

Circulação normalizada a 8 de julho

A empresa adianta que, após a conclusão das intervenções, será retomada a normal circulação nas linhas Amarela e Verde no dia 08 de julho.

“Para mitigar os impactos causados durante estes períodos, o Metropolitano de Lisboa aumentará a oferta de comboios na Linha Verde, reduzindo assim o tempo de espera nesta linha, articulando com outros operadores de transporte o reforço das suas carreiras”, esclarece a empresa.

Prevista inaugurar em 2024, a Linha Circular, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, irá criar um novo anel circular no centro de Lisboa, e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.

O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e as 01h00.

UACS quer apoio para as empresas

A UACS, União de Associação de Comércio e Serviços, encontra-se a acompanhar atentamente, e com crescente preocupação, o impacto das obras na Baixa e na Zona Ribeirinha no tecido empresarial da cidade dadas as alterações de mobilidade em Lisboa, com especial enfoque nos apoios às empresas que vão ter custos acrescidos e consequentes quebras de faturação.

Sendo inegável a necessidade de obras como o Plano de Drenagem de Lisboa ou a expansão do Metropolitano de Lisboa, a UACS lamenta o “facto de as medidas a implementar não terem sido objeto de atempada informação aos empresários das zonas intervencionadas e associações que os representam, assim como a ausência de medidas mitigadoras e condições alternativas de mobilidade e acessibilidade”.

A UACS mostra-se preocupada com a acessibilidade humana e logística e, por isso, questiona como serão garantidos os abastecimentos na Baixa Pombalina, com a proibição do acesso de veículos pesados (com mais de 3,5 toneladas, que são a vasta maioria), no período entre as 08h00 e as 20h00?

Segundo a união das associações, a calendarização dada é outra das preocupações devido à prolongada duração, mínima de dois anos, de algumas das intervenções previstas e à indefinição temporal das medidas adotadas na Baixa Pombalina.

Necessária Comissão de Acompanhamento

Por outro lado, os representantes do comércio e serviços perguntam: “quais vão ser os apoios garantidos às pequenas empresas com o objetivo de ajudar a fazer face aos custos acrescidos com a receção de mercadorias em período noturno e às inevitáveis quebras de faturação nos períodos de interdição de circulação e acessos?”

Por isso, a direção da UACS pede a criação de uma Comissão de Acompanhamento das alterações de mobilidade em Lisboa, na qual deverão ter assento a UACS e associações de empresários das zonas intervencionadas, assim como o reforço e a melhoria da qualidade de transportes públicos, seja da CARRIS, sob atual gestão municipal, seja do Metropolitano, seja ainda ao nível de promoção de outras soluções de mobilidade sustentável nas áreas intervencionadas.

 

Quer comentar a notícia que leu?