MARCELO MARCA ELEIÇÕES PARA MARÇO

Em março do próximo ano, o país vai a eleições. O caminho foi revelado, ao início da noite, pelo Presidente da República depois de uma reunião de quatro horas com os conselheiros de Estado, no Palácio de Belém.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou esta quinta-feira a convocação de eleições antecipadas para 10 de março de 2024, anunciando também que vai dissolver o Parlamento após a aprovação do Orçamento do Estado para 2024, marcada para 29 de novembro.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a “elevação” na forma como o primeiro-ministro se demitiu e agradeceu a António Costa por se manter no cargo até que seja encontrado um substituto.

O Presidente da República assegurou que escolheu dissolver o Parlamento por “decisão própria” e deixou um recado à justiça: “Espero que o tempo permita esclarecer o sucedido”.

Na comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu “a indispensável estabilidade económica e social que é dada pela prévia votação do Orçamento do Estado para 2024, antes mesmo de ser formalizada a exoneração do atual primeiro-ministro em inícios de dezembro”.

“A aprovação do Orçamento permitirá ir ao encontro das expectativas de muitos portugueses e acompanhar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que não pára nem pode parar com a passagem do Governo a Governo de gestão ou mais tarde com a dissolução da Assembleia da República”, defendeu.

A proposta de Orçamento do Estado para 2024 está em discussão na especialidade no parlamento, com a votação final global marcada para 29 de novembro.

Sobre a nova ida às urnas, o Presidente da República considerou que se trata de “devolver a palavra ao povo, sem dramatizações nem temores” e remata dizendo que confia nos portugueses para definir o “futuro do nosso Portugal”.

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