Metropolitano de Lisboa vai ter novas carruagens a circular a partir de janeiro

O Metropolitano de Lisboa recebeu esta sexta-feira, 9 de agosto, a primeira de 14 unidades triplas (que correspondem a 42 carruagens), e que vão circular em toda a rede do Metro a partir de janeiro de 2025. Esta aquisição vai permitir melhores condições de circulação em toda a rede, bem como mais conforto para os passageiros. 

O Metropolitano de Lisboa investiu 72 milhões de euros em 14 novas unidades triplas (42 carruagens), que vão começar a circular a partir de janeiro de 2025. Estas unidades prometem mais conforto e condições de acessibilidade para os utentes do Metro e foram adquiridas ao Agrupamento Stadler Rail Valencia, S.A.U./ Siemens Mobility Unipessoal, no âmbito do Plano de Expansão e Modernização do Metro de Lisboa. A primeira unidade tripla chegou a Lisboa nesta sexta-feira, 9 de agosto, e percorreu cerca de 900 quilómetros em três dias, vindo de Valência até Lisboa em três camiões TIR. Cada carruagem da unidade tripla pesa 30 toneladas, tem 16 metros de comprimento, 2,80 metros de largura e 3,50 metros de altura.

Para se retirar as carruagens dos respetivos camiões para os carris da oficina do Metropolitano de Lisboa, foram necessárias duas gruas com 70 toneladas cada, em que foi necessário passar várias lingas de elevação sob as carruagens para poderem ser levantadas pelas gruas e colocadas sobre os carris. Estas novas 42 carruagens representam um investimento de 72,7 milhões de euros e representam um passo no âmbito da inovação e modernização do Metropolitano de Lisboa, cujo objetivo é ainda melhorar a qualidade do serviço e da oferta, bem como na melhoria da sua experiência de viagem.

Mais conforto para os utentes

As atuais carruagens em circulação já têm mais de 20 anos de existência e as novas, em comparação com estas, têm ainda janelas amplas, painéis de portas e áreas de intercirculação com elevado espaço livre que possibilitarão que as entradas e saídas se efetuem de forma expedita, bem como uma zona de passageiros desenhada para maximizar o espaço disponível, cumprindo, simultaneamente, os requisitos dos lugares sentados, cuja distribuição será feita com base numa disposição longitudinal. Cada unidade tripla dispõe de 90 lugares sentados, dos quais 30 são assentos prioritários, facilmente identificáveis por serem de cor diferente.

O salão onde estão os passageiros tem mais espaço do que nas carruagens atualmente em circulação, sendo permitido levar mais utentes. Igualmente, cada unidade tripla tem espaço para fixar duas cadeiras de rodas e as suas portas não possuem rampas ou declives, para facilitar a mobilidade dos utilizadores de cadeiras de rodas. Para garantir a estabilidade, o espaço para cadeiras de rodas foi concebido para estar orientado no sentido da circulação. Por fim, e para destas 14 unidades triplas, o Metropolitano de Lisboa lançou, no final de 2023, um outro concurso público internacional para a compra de mais 24 novas unidades triplas (72 carruagens) para reforço da frota existente, tendo em conta a expansão da rede do Metropolitano de Lisboa. Este investimento conta com a opção de aquisição de mais 12 unidades triplas (36 carruagens), com o preço base de 138 milhões de euros.

Melhorar o serviço de transporte público

No entanto, esta opção de adquirir mais 12 unidades triplas está relacionada com a eventual necessidade de vir a substituir, de forma contínua, o material circulante que se encontra em fim de vida, procurando, desta forma, assegurar-se as condições de flexibilidade e operacionalidade de toda a frota. Estes investimentos vão ao encontro do projeto de expansão e modernização do Metropolitano de Lisboa, onde se inclui investimentos como a Linha Violeta, a expansão da Linha Vermelha, ou a criação da Linha Circular.

Com estas apostas, o Metropolitano pretende melhorar a qualidade e atratividade do serviço público de transporte de passageiros, tendo sempre presentes as políticas públicas de promoção da mobilidade sustentável e o compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050.


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