O Ano Novo é uma época para renovar promessas, fazer planos e tomar resoluções.
Cercada de simbolismo, a data é comemorada de diferentes maneiras ao redor do globo e não faltam superstições e rituais realizados na passagem do ano para trazer boa sorte ou deixar os males para trás: os brasileiros pulam sete ondas, os portugueses e os espanhóis comem 12 uvas, os dinamarqueses quebram pratos, os holandeses queimam árvores e os italianos saltam de pontes.
O início de um novo ano é uma das datas mais aguardadas do mundo e, para comemorar, pessoas ao redor do mundo têm uma variedade de superstições, entre elas comer alimentos especiais, vestir roupas especiais, entre outras.
Em vários países acendem-se fogueiras para comemorar a chegada do Ano Novo. Celebrações relacionadas com incêndios e explosões, fogos de artifício são frequentemente indicadas para anunciar o Ano Novo.
Na Grécia, um pão especial chamado “Vasilopita” é servido à meia-noite do Ano Novo. Uma moeda normalmente é assada dentro do pão. O pão é cortado precisamente à meia-noite e quem recebe a moeda, como prémio, terá boa sorte no ano que vem.
Em França comemora-se o “reveillon”, com uma festa de alimentos de luxo, como fois gras e champanhe, e às vezes presentes. Na Turquia, os presentes são trocados durante uma festa de comida tradicional turca.
Em Portugal e Espanha, manda a tradição, tem de se comer doze uvas à meia-noite, na véspera do Ano Novo. Cada uva representa um mês do ano que vem. A doçura de cada uva determina a natureza do mês – uvas doces representam bons meses, uvas verdes representam meses difíceis.
Mas, como também manda a tradição, é necessário usar roupa nova. Mas, como todos somos diferentes, temos costumes e formas de vestir diferentes durante as celebrações do Ano Novo. Assim, nas Filipinas vestem roupas com círculos, como bolinhas. Na Venezuela, as pessoas procuram o amor no Ano Novo usando cuecas vermelhas. No Equador, a cueca amarela é dito para trazer positividade para o Ano Novo.
No capítulo das superstições também existem grandes diferenças. Nas Filipinas, jogar moedas à meia-noite é dito para incentivar a riqueza. No México, as várias tradições supersticiosas são observadas – inclusive pendurar bonecos em forma de ovelhas nas maçanetas, para a prosperidade.
Só duas coisas são idênticas em praticamente todo o mundo: o champagne e o beijo.
Em todo o mundo, a bebida mais popular na véspera de Ano Novo é champagne. Por toda a Europa e na América a bebida é habitual, muitas vezes acompanhada por um brinde. Na Rússia, entretanto, uma bebida mista de vodka, suco de limão e água da torneira é a mais pedida na meia-noite, chamada de “água suja”, consumida para afastar a má sorte.
Também é comum em praticamente todo o planeta as pessoas beijarem-se à meia-noite do Ano Novo. Isso pode ser um gesto romântico, mas é também um sinal de saudação de Ano Novo, bem como uns aos outros, e desejando a pessoa que se está beijando um ano feliz, saudável e de sorte. Também pode significar que deseja ao seu parceiro um ano cheio de afecto e de boas relações com as pessoas.
Ao redor do mundo
Provavelmente a tradição mais famosa nos Estados Unidos é o lançamento da bola de réveillon da Times Square, em Nova York, às 23h59. Milhares se reúnem para assistir uma grande bola presa num edifício fazer uma descida de um minuto, chegando exactamente à meia-noite. A tradição começou em 1907.
Por outro lado, na Alemanha, o porco simboliza boa sorte na comemoração do Ano Novo. As celebrações muitas vezes incluem banquetes tendo o leitão como um dos pratos. As mesas são decoradas com porcos em miniatura feitos de marzipã (massa doce), açúcar, massa de biscoito ou chocolate. Entre os povos germânicos, os porcos eram sinal de fartura, fertilidade e riqueza. Há séculos, quem possuía um porco era considerado abastado.
Já em Roma, 1º de Janeiro é o dia de alguns corajosos se arriscarem, pulando da Ponte de Santo Ângelo para dentro do Rio Tibre. O salto é considerado muito arriscado porque o rio é raso demais para suportar mergulhos desse tipo. Além disso, a água está bastante fria nessa época do ano (inverno no hemisfério norte). O primeiro salto foi realizado em 1946. Muitos italianos vão ao local somente para observar os saltos. Para os praticantes, o mergulho é uma maneira de atrair boa sorte.
Na Dinamarca é costume, à meia-noite do dia 31 de Dezembro, dinamarqueses subirem e pular de cadeiras, na esperança de banir todos os maus espíritos e trazer boa sorte. Também quebram pratos nas portas de seus amigos como prova da amizade e lealdade. Uma grande quantidade de cacos em frente à casa demonstra que o morador tem muitos amigos.
Por outro lado, em algumas cidades holandesas, são acesas fogueiras públicas para queimar árvores de Natal. Mergulhos são organizados em uma série de lagos, canais e no Mar do Norte. Os eventos são televisionados e os participantes são vistos com admiração, pois nessa época do ano o país costuma registar temperaturas negativas.
Os equatorianos, por seu turno, reúnem-se para queimar fotos e imagens que representam algo que não gostam e não desejam ter em suas vidas no novo ano.
Em Londres, no primeiro dia do ano ocorre a tradicional “London New Year Parade”. O desfile conta com a participação de artistas de vários países, que realizam números de dança, acrobacias e diversas performances. A parada é assistida por uma multidão que lota as ruas da capital inglesa.
Já os austríacos utilizam chumbo para adivinhar o que os espera no próximo ano. À meia noite, derramam chumbo derretido numa tigela com água e observam as figuras que se formam. Se uma bola se formar, significa boa sorte. Uma âncora significa que a pessoa precisará de ajuda no ano seguinte. Se a aparecer o formato de uma cruz, pode significar que a pessoa irá morrer no próximo ano.
Programa de Fim de Ano no Terreiro do Paço
Leia e descarregue a edição : OLHARES DE LISBOA Nº 6 | NATAL