ODIVELAS FOI PIONEIRA NA «ESCOLA SEGURA»

O chefe Álvaro Marçal, da PSP, em conjunto com os responsáveis autárquicos de Odivelas, foram os pioneiros, em 1991, na «construção» do programa Escola Segura da PSP que, a partir de 1992, se estendeu a todo o país

Em 1991, as escolas da freguesia de Odivelas foram «escolhidas» pelo chefe Álvaro Marçal, responsável da Secção de Trânsito da PSP de Loures, para desenvolver um programa de proximidade entre a comunidade escolar e a polícia, que viria a resultar no Programa Escola Segura. Em outubro de 1999, em declarações ao jornal Nova Odivelas, Álvaro Marçal reconhecia que os polícias da Escola Segura surgiam sempre «como um amigo e um companheiro para ajudar o aluno e nunca com a intenção de o levar para a esquadra. Hoje, em entrevista a Olhares de Lisboa, Álvaro Marçal continua a pensar «a mesma coisa».

O chefe da PSP Álvaro da Silva Marçal é considerado, a par com Vítor Peixoto, na altura presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, um «dos pais» da Escola Segura em Odivelas, que surgiu em 1992. Tudo começou em 1991, quando chefiava a secção de trânsito da PSP, em Santo António dos Cavaleiros, e decidiu «levar os polícias às escolas» para informar «os meninos sobre as formas de circularem na rua» e, ao mesmo tempo, «ensinar as crianças a não aceitarem guloseimas».

Esse projeto «teve um impacto muito grande junto da comunidade estudantil e da comunidade em geral», afiança Álvaro Marçal que, ao longo destes anos, recebeu medalhas de mérito municipal das Câmaras de Odivelas e Loures.

À época, como narra, a imprensa local da altura relatava que o projeto da Escola Fixa de Trânsito de Odivelas, uma iniciativa da própria Junta de Freguesia que, à época presidida por Vítor Peixoto, «veio ao encontro dos objetivos programáticos do Programa Escola Segura», desempenhando um papel importante na implementação deste projeto da Divisão da PSP de Loures.

Licenciado em Política Social, com especialização em Política de Proteção à Família e Política de Habitação, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas, da Universidade Técnica de Lisboa e Mestre em Política Social, pela mesma instituição, Álvaro Marçal foi coordenador dos Programas «Escola Segura», «Comércio Seguro» e «Idosos em Segurança», na jurisdição da Divisão de Loures, como Comandante da Esquadra 77.ª em Santo António dos Cavaleiros, Divisão de Loures e com passagem na Esquadra 76.ª em São João da Talha, Divisão de Loures.

A par com Vítor Peixoto, na altura presidente da Junta de Freguesia de Odivelas, Álvaro Marçal desenvolveu, segundo se pode ler num louvor da Câmara Municipal de Loures, «um programa estruturante que se revelou de enorme importância para toda a comunidade local, representando um verdadeiro marco na abordagem conceptual, respeitante à prevenção da criminalidade em contexto escolar, consubstanciado numa intervenção de proximidade, adjacente à aplicação de uma forte componente pedagógica».


Aliás, a própria Polícia de Segurança Pública, onde construiu uma brilhante carreira profissional, através da qual criou profundas raízes com a comunidade, Álvaro Marçal «foi sem dúvida um dos maiores impulsionadores e um dos rostos mais visíveis deste projecto» que atingiu uma dimensão nacional.

Estreitar laços com a comunidade escolar

O programa «Escola Segura», uma ação pioneira em Portugal que surgiu em 1992, através de uma parceria entre o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Educação, «alcançou resultados extremamente positivos, através do estreitamento de laços, firmando-se verdadeiros compromissos e sinergias no mais amplo contexto da Comunidade Educativa, o que efetivamente se traduziu na melhoria de boas práticas e num melhor sentimento de segurança nas escolas dos Concelhos de Loures e Odivelas», adianta em declarações a Olhares de Lisboa, o chefe Álvaro Marçal, recordando os tempos que ajudou a implantar este programa, em 1998, no então recém-criado concelho de Odivelas.

O Programa Escola Segura (PES) teve – recorda Álvaro Marçal – como objetivo melhorar os índices de segurança objetiva e subjetiva que se verificavam no interior dos espaços escolares que, à época,

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