Parques Tejo apresentou o ‘Oeiras Voltas e Versos’

No âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, a Parques Tejo, empresa municipal que gere a mobilidade no concelho de Oeiras, apresentou, este sábado, o ‘Oeiras Voltas e Versos’, um veículo elétrico que vai permitir a mobilidade dentro do Parque dos Poetas.

Foi inaugurada, na manhã deste sábado, 21 de setembro, a primeira viagem do serviço de transporte “Oeiras Voltas e Versos”, no Parque dos Poetas. Este serviço faz um percurso no interior do Parque dos Poetas e funciona de quarta-feira a domingo, entre as 14h e as 21h (no horário de Verão), e entre as 13h e 20h (no horário de Inverno). Segundo Nuno Patrão, administrador da Parques Tejo, empresa municipal que gere a mobilidade no concelho de Oeiras, “o Voltas e Versos é um serviço de mobilidade dentro do parque, que pretende dar uma alternativa a todos aqueles que têm dificuldades de locomoção e que queiram conhecer o Parque dos Poetas de um modo diferenciado e alternativo. Irá funcionar entre quartas e sextas-feiras por marcação, e que é feita da aplicação Oeiras Move.

Serviço será gratuito no período experimental

0 transporte ‘Oeiras Voltas e Versos’ funcionará em permanência, aos sábados, domingos e feriados. Irá circular na primeira e segunda fases do parque e convidamos todos a virem, a partir da próxima semana, conhecer este novo serviço”, referiu. Ao Olhar Oeiras, o responsável acrescentou ainda que o “motorista que estiver a operar o serviço vai dar um enquadramento do que é o Parque dos Poetas, alguma perspectiva histórica e também alguma informação sobre os locais em que está a passar no momento”. Para já, o ‘Oeiras Voltas e Versos’ será gratuito, mas prevê-se, num futuro próximo, que possa vir a ser pago.

As mais valias deste serviço, acrescentou ainda Nuno Patrão, é também permitir que “as pessoas com mobilidade condicionada possam conhecerem o Parque dos Poetas de uma forma mais confortável”, mas também para que todos os restantes visitantes o possam “conhecer de outra forma, com algum enquadramento turístico e de informação sobre a sua construção e desenvolvimento do Parque dos Poetas”. Por sua vez, o presidente da Parques Tejo, Rui Rei, disse ainda, ao Olhar Oeiras, que este modelo de transporte está ser testado, e espera-se que, em breve, comece a ser experimentado também em zonas como Algés e Paço de Arcos, como forma de apoiar o comércio local e os munícipes com maiores dificuldades de mobilidade.

Câmara de Oeiras irá apresentar estratégia de mobilidade em breve

Na mesma ocasião, o responsável lembrou que, em breve, será apresentada a nova estratégia de mobilidade para o concelho de Oeiras. “O que vamos apresentar é a grande estratégia do transporte público em sítio próprio, ou seja, a ambição que temos também para o BRT na A5, mas também a melhoria do transporte público no caminho de ferro que atravessa Oeiras, entre Cascais e Lisboa, e ainda os dois grandes pilares que são o SATU e o LIOS”. Esta nova estratégia de mobilidade era para ter sido apresentada na última sexta-feira, dia 20 de setembro, mas a cerimónia de apresentação foi cancelada devido ao luto nacional decretado pelo Governo na sequência dos incêndios que afetaram o centro e o norte de Portugal.

“Vamos mostrar qual é que é a estratégia do Município de Oeiras, o que temos já desenvolvido e pronto para lançar”. Recorde-se que, recentemente, o presidente Isaltino Morais acusou, numa entrevista ao Diário de Notícias, o executivo de Carlos Moedas, líder da autarquia lisboeta, de falta de liderança no projeto do LIOS,  Rui Rei referiu que “na realidade, nos últimos meses, temos tido alguma paragem nas conversas com [a Câmara Municipal de] Lisboa, mas estou convencido que nas próximas semanas as vamos retomar, porque o LIOS é estratégico para Oeiras, mas também para Lisboa”.

Criar mais alternativas ao uso do automóvel

O LIOS é, segundo o presidente da Parques Tejo, “uma ligação em sítio próprio, seja de elétrico rápido ou de BRT [Bus Rapid Transit] que ligará toda a zona de Algés, Miraflores, Linda-a-Velha, Carnaxide, passando por Benfica, pelo Restelo, ou pela Amadora. Portanto, é uma nova solução que permitirá que toda aquela zona se integre na grande Área Metropolitana de Lisboa. Na realidade, não precisamos de tirar o nosso carro para circularmos, no fundo é como se tivéssemos um metropolitano à porta de casa”. Por isso, defende Rui Rei, a “grande estratégia de Oeiras é permitir a existência de um transporte público em sítio próprio e que permite a que os cidadãos de Oeiras que vivem e escolhem este município para trabalhar, tenham uma opção alternativa e viável ao automóvel”.

Questionado se haverá possibilidade de implementar este sistema de transporte apenas dentro do concelho de Oeiras, o presidente da Parques Tejo afirma que esta pode ser uma possibilidade, “desde que se consiga fontes de financiamento”. No entanto, “toda aquela zona do concelho de Oeiras, desde o Vale do Jamor até à fronteira com Lisboa, precisa de uma ligação com Lisboa, e portanto, Lisboa tem aqui um papel importante, tal como para Lisboa Oeiras é importante para reduzir o número de automóveis que entram em Lisboa”.

Sobre a reativação do SATU, Rui Rei referiu que os “projetos já estão concluídos, agora pode ser que venha financiamento para o SATU e é isso que estamos a ultimar. Uma parte do trabalho importante está feito, e agora é verificar verdadeiramente as fontes de financiamento e estamos convencidos que, finalmente, o SATU começará a ver a luz do dia”.

Encontro Nacional de Veículos Elétricos decorreu este fim-de-semana em Algés

Esta apresentação decorreu no âmbito da realização da Semana Europeia da Mobilidade, que incluiu ainda o Encontro Nacional de Veículos Elétricos (ENVE), uma iniciativa que se aconteceu no Passeio Marítimo de Algés, numa área de mais de 40 mil metros quadrados, onde se estiveram presentes dezenas de expositores. Esta foi a 12ª edição do evento, que é organizado pelos Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE), em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras (CMO). Em ambos os dias, o evento decorreu entre as 10h00 e as 20h00 e contou com uma exposição de veículos elétricos, conferências, debates, atividades para a toda a família, entre outras atividades.

Este encontro, nas palavras do presidente do Conselho Diretivo da UVE, Pedro Faria, acontece numa das “localizações mais emblemáticas do país para a realização de eventos em Portugal, que é o Passeio Marítimo de Algés”. O ENVE é, igualmente, um espaço de encontro entre proprietários de veículos elétricos ou pessoas interessadas na matéria que procuram esclarecer as dúvidas ou saber mais sobre a mobilidade elétrica.

“A aposta da CMO na mobilidade elétrica é clara e conhecida”, frisou Pedro Faria, aproveitando para agradecer à autarquia pela oportunidade de acolher o ENVE e pela “confiança depositada na UVE. Com a ajuda de todos, vamos conseguir mais um marco na mobilidade elétrica”, prosseguiu o responsável. Uma das novidades da edição deste ano é ainda a presença de um avião 100% elétrico, para além da exposição de inúmeros modelos e marcas automóveis, que apostam na mobilidade suave. No total, estiveram mais 100 veículos para test drive. Pode conhecer o programa completo desta iniciativa no site do evento.

Oeiras instalou o primeiro posto de carregamento em 2010

Para a vereadora com o pelouro da Mobilidade e Transportes da CMO, Joana Baptista, “temos para Oeiras um princípio que a prosperidade do concelho é a prosperidade da Grande Lisboa e do país e é neste encontro que o Munícipio de Oeiras e a UVE convergem para aquilo que é a valorização das nossas políticas ambientais e da mobilidade urbana sustentável. Somos um território muito pequeno, com 46 quilómetros quadrados, mas temos já 58 postos de carregamento de veículos elétricos”, frisou ainda a autarca.

Joana Baptista lembra ainda que, em 2010, a CMO “foi pioneira” com a instalação do primeiro posto de carregamento rápido do país, na Área de Serviço da A5. Na mesma altura, lembrou, “fomos a quinta cidade europeia com mais postos de carregamento”. Para a vereadora, o ENVE é “um encontro entre duas entidades que muito querem fazer para criar um território cada vez mais sustentável e que apela à inovação e ao empreendedorismo”.

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