Algés tem, desde ontem, um espaço agrícola com um pomar recreativo e hortas urbanas, o Quintalão. Agora denominado “Quinta do Bicho da Seda”, este espaço vai fazer parte do futuro Parque Urbano de Algés (com cerca de 17.000 metros quadrados), na margem direita da Ribeira de Algés, anunciou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, que revelou ainda a renaturalização de toda a ribeira de Algés, desde a nascente à foz.
Um pomar de recreio, um canal de água, dois tanques a cotas diferentes, recuperação das estruturas antigas mais significativas, nomeadamente o poço, o tanque e a nora, são as principais «atrações» do Quintalão de Algés, agora denominado “Quinta do Bicho da Seda”, que ontem foi inaugurado pelo presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, que se encontrava acompanhado por alguns vereadores do seu executivo e pelo presidente da União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha, Cruz Quebrada e Dafundo, João Antunes.
Com uma área de 3500m2, neste espaço, localizado no futuro Parque Urbano de Algés (com cerca de 17.000m2), na margem direita da Ribeira de Algés, foi recriada a memória deste espaço agrícola com pomares, com novas referências para uma utilização que se quer mais atual. Num projeto paisagístico que, segundo realçou Isaltino Morais, «de sucesso», que conseguiu «replicar tudo o que existia neste local».
Segundo Isaltino Morais, os 12 talhões, que vão ser cultivados por 12 munícipes, vão recriar as hortas que existiam na zona e, ao mesmo tempo, «trazer» as recordações «agrícolas das gentes de Algés».
Depois de revelar que estão a decorrer negociações com os proprietários dos terrenos que «abarcam o campo de futebol», para onde está prevista a construção de balneários para os atletas, o autarca adiantou que «o Parque Urbano de Miraflores vai ficar ligado à antiga praça de touros», anunciando a implantação no local de um Centro Interpretativo Ambiental, proposto pelo grupo “Algés Acontece”, para estudar os habitats naturais da ribeira de Algés, que vai ser renaturalizada desde a nascente, no concelho da Amadora, até à foz em Algés.
Quintalão recupera história
Voltando à inauguração do Quintalão, Isaltino Morais explicou que o espaço central foi recriado à imagem de um pomar de recreio, indissociável do elemento água, com a inclusão de uma alameda dupla de amendoeiras ladeando um canal de água que se desenvolve em cascata ligando dois tanques a cotas diferentes. As estruturas antigas mais significativas, nomeadamente o poço, o tanque e a nora foram recuperados.
A Norte, foi definida uma grande área relvada delimitada por maciços arbustivos e que no seu interior alberga um espaço de estada, menos exposto e mais protegido que as restantes áreas com a mesma vocação.
A envolvente e ligação à Ribeira de Algés foi executada no âmbito de um projeto mais abrangente de Regularização Fluvial no troço a céu aberto da Ribeira de Algés.