A MARCHA DA BELA FLÔR/CAMPOLIDE QUER UNIR OS DOIS BAIRROS

Em 2022, a Marcha da Bela Flôr/Campolide vai contar com muitos marchantes estreantes, “muitos deles entraram por influência de amigos, ou porque sempre quiseram entrar na marcha e agora já têm idade para o fazer”, conta ao Olhares de Lisboa Catarina Esteves, responsável da marcha.

Segundo a responsável, o ensaiador da marcha, Jocka, “também traz muitas pessoas”. A organização da Marcha da Bela Flôr/Campolide já sabe quem são os padrinhos deste ano da marcha, mas para já não querem revelar quem são.

“Queremos fazer primeiro uma surpresa ao grupo”, conta Catarina Esteves, acrescentando que os autores das músicas são Nuno Nazaré Fernandes e José Luís Gordo, e que contaram com o apoio de Carlos Alberto Moniz. Paulo Julião é o coreógrafo e Américo Grova é o cenógrafo. Os mascotes serão o Gustavo e a Vitória, “dois filhos de marchantes”.

Os ensaios da Marcha da Bela Flôr/Campolide começaram em abril, mais tarde que o habitual, e estão agora na recta final. O grupo ensaia diariamente na Escola Básica Mestre Querubim Lapa, e segundo a responsável pela marcha ao Olhares de Lisboa, Catarina Esteves, “estamos todos empenhados” em fazer uma boa prestação quer na apresentação no Altice Arena, a 5 de junho, quer no desfile da Avenida da Liberdade, de 12 para 13 de junho, onde o grupo irá “revelar as surpresas que estão a preparar”.

Os ensaios são feitos sem máscaras, mas Catarina Esteves assegura que o distanciamento social é cumprido durante os treinos. A responsável pela Marcha da Bela Flôr/Campolide conta ainda que não “faz ideia alguma” como irá proceder caso algum marchante teste positivo à Covid-19.

Sobre o grupo, “os homens têm idades a rondar os 23 anos, e as mulheres os 30”, e “só alguns marchantes é que são residentes na freguesia, mas todos têm ligações à Bela Flôr ou a Campolide, ou porque nasceram cá ou porque viveram cá”, explica a responsável, dando o “caso de uma menina que vem de Belas e outra do Montijo, e que portanto, acabam por fazer um grande sacrifício, quer monetário, quer de tempo”.

Para Catarina Esteves, “estes fatores vão afastando as pessoas da marcha”, assim como “a paragem de dois anos, que afastou ainda mais as pessoas, porque tivemos marchantes que foram pais, outros que arranjaram trabalho, e isso tirou-lhes a disponibilidade que até então tinham”.


A Marcha da Bela Flôr/Campolide foi criada em 2015, numa junção das antigas marchas da Bela Flôr e de Campolide, organizadas por coletividades diferentes. “Quem organizava a Marcha da Bela Flôr não quis organizar a marcha nesse ano porque era muita responsabilidade e não se queriam comprometer, e depois as pessoas da Bela Flôr também não queriam ficar sem a marcha”.

A seguir, e “como a coletividade que organizava a Marcha de Campolide fechou, acabámos por receber aqueles marchantes e o projeto”, conta a responsável, acrescentando que, no ano a seguir, em 2016, a marcha apresentou-se “com os dois nomes, como forma de dignificar os dois bairros e unir a freguesia”.

A Marcha da Bela Flôr/Campolide nunca ganhou as Marchas Populares de Lisboa, mas já conseguiu um oitavo lugar em 2016.

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