OS BONS RESULTADOS AJUDAM A TRAZER GENTE PARA A MARCHA DA PENHA DE FRANÇA

Em 2019, ano em que houve a última edição das Marchas Populares de Lisboa, antes da paragem forçada devido à pandemia, a Marcha da Penha de França ficou em terceiro lugar. Por isso, a marcha “está com as expectativas em alta” para a edição deste ano das Marchas Populares de Lisboa.

No entanto, a Marcha da Penha de França já conquistou o terceiro lugar várias vezes e em 2016 chegou mesmo a ficar em segundo lugar, como revela ao Olhares de Lisboa Paulo Lemos, responsável da Marcha da Penha da França, que apesar dos bons resultados, nunca venceu as Marchas de Lisboa.

De acordo com o responsável, os dois anos sem desfiles “foram complicados para quem gosta das marchas”. Este ano, apesar de ter existido alguma dificuldade em conseguir homens para a marcha, não foi difícil formar o grupo de marchantes, até porque “a grande parte é da Penha de França e o amor ao bairro faz com que as pessoas queiram vir para a marcha”.

Ao mesmo tempo, o grupo de marchantes tem também “algumas pessoas que já cá estão há alguns anos”, explica Paulo Lemos, que acredita que os bons resultados obtidos no concurso das Marchas Populares de Lisboa “também ajudam a trazer pessoas”.

Para o responsável, a dificuldade em captar homens deve essencialmente ao facto de “eles serem menos propensos às marchas e serem, por norma, menos desinibidos do que as mulheres”. Contudo, Paulo Lemos ressalva que esta dificuldade em arranjar homens não “foi nada de grave”.

Os ensaios para a Marcha da Penha de França decorrem todos os dias, de segunda a sexta-feira, na Escola Básica Nuno Gonçalves. O grupo de marchantes tem idades a rondar os 30 anos e são, na sua esmagadora maioria, residentes na freguesia.

Como os ensaios decorrem ao ar livre, os marchantes não utilizam máscara, no entanto, são obrigados a desinfetar as mãos antes dos ensaios, conforme explica o responsável, que assegura ainda que “99% dos marchantes estão vacinados com todas as doses da vacina contra a Covid-19”.

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No entanto, se alguém testar positivo ao vírus, “será imediatamente substituído”. Para tal, a organização da marcha conta com um par de suplentes, que se juntam aos 48 marchantes efetivos e que se vão apresentar na Altice Arena, no dia 4 de junho, e ainda no desfile da Avenida da Liberdade, marcada para a noite de 12 para 13 de junho.

Em 2022, os padrinhos da Marcha da Penha de França são Rui Andrade e Salomé Caldeira. O ensaidor é José Carlos Mascarenhas e os autores das canções são Carlos Dionísio (músicas) e Joana Dionísio (letras). Já os figurinos e a cenografia estão a cargo de Paulo Julião. Matilde Santos e Simão Munhoz, que têm familiares na marcha, serão as mascotes.

Segundo o responsável, não existem muitos critérios para entrar na Marcha da Penha de França, “o único critério é que a pessoa saiba marchar dentro dos parâmetros e que seja desinibido”, acrescenta Paulo Lemos.

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