PRESIDENTE DA JF AJUDA FAZ BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DE MANDATO

Continuar o trabalho já iniciado no final do último mandato é o principal objetivo do executivo da Junta de Freguesia da Ajuda. Jorge Manuel Marques, em conversa com o Olhares de Lisboa, explica ainda que “as pessoas são o maior património da freguesia”, e por isso quer continuar a desenvolver um trabalho de proximidade com os fregueses, e confessa que o custo elevado das rendas na Ajuda tem retirado cada vez mais pessoas da freguesia.

Reeleito em 2021 para um segundo mandato, Jorge Manuel Marques explica que este é talvez, um dos maiores desafios da freguesia da Ajuda, o qual nem sempre é fácil combater. “Há muita gente que tem saído da freguesia, e temos de fazer um grande esforço na defesa deste património que são as pessoas”, explica o autarca, acrescentando que, nesse sentido, o executivo da Junta de Freguesia da Ajuda tem apelado à Câmara de Lisboa que “intervenha nessa questão”.

Segundo Jorge Manuel Marques, este problema está a afetar não só a população mais velha, mas também os mais novos, e recorda que os moradores da Ajuda são, essencialmente, “pessoas com poucas capacidades financeiras, que não têm outra alternativa do que procurar casa fora de Lisboa”. Por isso, o autarca fala num “flagelo” que tem de ser combatido o mais depressa possível, porque a saída das pessoas da freguesia, na sua perspetiva, leva a uma perda da identidade da Ajuda.

Para além deste desafio, Jorge Marques conta ainda que os principais objetivos do atual executivo são a finalização de algumas obras iniciadas no anterior mandato; “pôr em total funcionamento o Pavilhão Multiusos”; e ainda “apostar mais na mobilidade e na segurança”. Contudo, o autarca salienta que este primeiro ano de mandato ficou marcado pela conclusão de algumas obras, tais como “a reestruturação do Polidesportivo, e as requalificações do Campo da Mata e do Parque Infantil da Memória”.

Já sobre os contratos de descentralização de competências para as Juntas de Freguesia, Jorge Marques revela que os mesmos “têm corrido muito bem na freguesia”, no sentido em que permitem realizar um melhor trabalho e mais “próximo das pessoas”. “Desta forma, conhecemos melhor o nosso território e conseguimos melhorar os serviços prestados aos fregueses”, acrescenta o autarca, lamentando apenas que parte da transferência das verbas só tenha chegado em setembro, o que fez com que tivesse de ser a Junta de Freguesia a “chegar-se à frente” com o dinheiro. Contudo, e de forma geral, Jorge Marques concorda com a descentralização de competências e espera que, no futuro, sejam dadas mais responsabilidades, sobretudo nas áreas da mobilidade e da segurança, às juntas de freguesia, devido à proximidade que elas têm com os moradores.

No entanto, o presidente da Junta da Ajuda tem receio que haja um retrocesso nesta delegação de competências, e considera que existe pouca comunicação por parte da Câmara de Lisboa. “Nós comunicamos tudo à autarquia, mas eles não nos dizem nada. Eu disse agora na Assembleia Municipal de Lisboa que não faço ideia das obras que a CML quer fazer na Ajuda”, acrescenta, considerando que esta comunicação é fundamental para prestar o melhor serviço aos cidadãos, e por isso, o presidente da junta da Ajuda quer reunir-se mais com o executivo liderado por Carlos Moedas.

Já sobre o desempenho do atual presidente da Câmara de Lisboa, o autarca não tem muito a dizer, uma vez que Moedas está há pouco tempo no cargo, mas espera que, daqui para a frente, o Executivo Municipal tenha as juntas de freguesia mais em conta na resolução de problemas e no desenvolvimento de ideias para a cidade. Para além de Jorge Marques, a Junta de Freguesia da Ajuda é composta, no atual mandato autárquico, por: Diogo Malhado (secretário); Hugo Lobo (tesoureiro); Susana Neves (vogal); e Marina Penedo (vogal). A Assembleia de Freguesia é liderada por Sandra Alves (Partido Socialista).

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