A AGINVEST QUER POTENCIAR O EMPREENDEDORISMO EM ODIVELAS

Já no seu discurso, Hugo Martins lembrou que, “ao longo destes 25 anos, o concelho de Odivelas tem dado um grande avanço na sua qualidade de vida, nas acessibilidades e na mobilidade”.

A Câmara Municipal de Odivelas (CMO) apresentou, esta quarta-feira, dia 12 de abril, a AGInvest, localizada na Quinta do Espírito Santo. O seu objetivo é apoiar os novos empresários, mas também dinamizar o tecido empresarial local. Para isso, a autarquia vai apostar numa política de proximidade com os empresários locais e os organismos públicos e sociais.

A AGInvest desdobra-se em três pisos, que contam com salas de reunião, uma cafetaria, uma galeria de exposições temporárias, um espaço de co-working e um Espaço Empresa. Esta agência resulta de uma parceria com a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). O objetivo é potenciar a criação de novas empresas para Odivelas e apoiar as já existentes através da disponibilização de vários serviços.

O espaço localiza-se na Quinta do Espírito Santo, um local que foi adquirido e reabilitado pela Câmara de Odivelas justamente com este propósito. Ao Olhares de Lisboa, o presidente da autarquia, Hugo Martins, explicou que o grande objetivo desta agência é “captar o investimento e consolidar o tecido empresarial” do concelho. Outro propósito, contudo, será ainda promover a imagem do concelho enquanto território atrativo ao empreendedorismo e ao investimento.

Por sua vez, considerou que este lançamento “é um dia muito especial para Odivelas”, uma vez que a primeira agência do género no concelho. Para o autarca, ter “uma agência de desenvolvimento económico é trazer uma âncora para a captação de novos investimentos” para o território. O objetivo é ainda trazer “mais atratividade e fixação de pessoas” para o munícipio.

Ao nosso jornal, Hugo Martins lembrou ainda que esta agência surge no âmbito de um estudo realizado em Odivelas, em 2022, sobre a atividade económica do concelho e no qual foram consultadas 50 pequenas e médias empresas. Atualmente, existem mais de 17 mil empresas sediadas em Odivelas. Ao mesmo tempo, sublinhou que a “taxa de desemprego está muito abaixo da média nacional”. “Odivelas tem perspetivas de crescimento. Por isso, queremos captar o investimento e a atividade económica”, trazendo para o concelho “uma projeção a nível nacional”, concluiu o edil.

Mais ambição

Já no seu discurso, Hugo Martins lembrou que, “ao longo destes 25 anos, o concelho de Odivelas tem dado um grande avanço na sua qualidade de vida, nas acessibilidades e na mobilidade”. Por isso, “conquistámos uma centralidade ímpar no seio da Área Metropolitana de Lisboa”. Foi esta centralidade que “motivou a criação de muitas empresas e o aumento do número de empresários que acreditam e investem diariamente no nosso munícipio”.

“Odivelas é, desde a primeira hora, um catalisador fundamental para o crescimento da atividade económica, a progressão do emprego e a solidez empresarial no concelho”, acrescentou o autarca. No entanto, e se os últimos 25 anos foram essenciais para a “infraestruturação e capacitação do município”, agora é altura de mostrar mais “ambição para atingir os novos e mais elevados patamares de desenvolvimento” em Odivelas, reforçou o presidente.

Por isso, é “indispensável apoiar o tecido empresarial” e “afirmar Odivelas como um território ainda mais audaz e que gera valor a todos”. Foi este objetivo que levou à elaboração de um estudo sobre a atividade económica do concelho, em parceria com a Ernst & Young (EY). Com estes resultados, acrescentou Hugo Martins, a autarquia avançou com a criação de uma agência de desenvolvimento económico, para continuar “a atrair o investimento e dinamizar o nosso tecido empresarial”.

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“A AGInvest Odivelas é um convite àqueles que, como esta autarquia, acreditam que
o sucesso emerge de sinergias frutíferas e da ambição de construir um concelho cada vez mais dinâmico e empreendedor. Esta aposta traduz uma alteração de paradigma ao concentrar e reforçar a estratégia económica municipal na implementação de políticas de desenvolvimento local, a curto e a médio prazo”, acrescentou.

Quatro eixos de ação

Esta agência pretende ser “um interface das várias unidades orgânicas da Câmara de Odivelas”, frisou Hugo Martins. Desta forma, irá focar a sua ação em quatro eixos. O primeiro diz respeito à capacitação empresarial, com a promoção de ações de formação ou apoio nas candidaturas das empresas a fundos comunitários e outras linhas de financiamento.

Já o segundo objetivo é prestar apoio aos empreendedores, incorporando-os na Start IN Odivelas, a incubadora de empresas do concelho. Por outro lado, disponibiliza um espaço de co-working que pode ser utilizado pelos nómadas digitais ou profissionais que trabalhem remotamente. Contudo, a agência quer ainda promover a economia local, através da promoção de incentivos e apoios à criação do próprio emprego.

Ainda neste eixo, a autarquia pretende continuar a dinamizar o comércio local. Para isso, quer continuar a promover ações como ‘Compras ao Luar’ ou ‘Natal em Odivelas’. Ao mesmo tempo, quer continuar a disponibilizar o Fundo Municipal de Emergência Empresarial, que pretende apoiar os empresários em situações de crise, como “foi a Covid-19 ou as cheias do passado mês de dezembro”, sublinhou Hugo Martins.

Por fim, o último eixo da AGInvest é ainda estabelecer relações institucionais com diversos parceiros. Estes vão desde o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), universidades, agências e associações empresariais, entre outros. “A existência de uma agência de investimento e desenvolvimento económico só tem sentido com a participação e o envolvimento ativo da comunidade”, finalizou o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, que quer tornar o concelho “cada vez mais inovador e empreendedor”.

Evolução exige adopção de boas práticas pelas empresas

Já o secretário de Estado da Economia, Pedro Cílinio, começou o seu discurso recordando o “contexto desafiante” dos dias de hoje, marcado pela guerra na Ucrânia e aumento do custo de vida. No entanto, considera que as “empresas portuguesas são capazes de se adaptarem a contextos de mudança, o que é um fator de grande competitividade”. Por outro lado, “são também conhecidas pelas suas boas práticas sociais e ambientais, cada vez mais valorizado nos mercados internacionais”.

Para além destas apostas, é igualmente fundamental apostar na “transição e atualização digital”, para que as empresas possam evoluir no contexto económico atual. Na visão de Pedro Cílinio, as empresas nacionais têm respondido bem a estes desafios. Para o Secretário de Estado, “a economia portuguesa tem boas perspetivas de desenvolvimento”, apesar dos desafios que se impõem atualmente, como é o caso da inflação, que baixou para 8,2% em fevereiro.

Neste sentido, Pedro Cílinio espera que este valor continue a baixar, para que se chegue ao objetivo, estabelecido pela União Europeia, em fixar a inflação nos 3%. Por fim, sublinhou  a necessidade das empresas em apostar cada vez mais na “sustentabilidade e na otimização da utilização de recursos”.

No final da cerimónia, deu-se a assinatura do protocolo de instalação do Espaço Empresa de Odivelas. O documento foi assinado entre o presidente da Câmara Municipal de Odivelas e o presidente do IAPMEI, Luís Filipe Guerreiro. No final do evento, os convidados fizeram uma visita pelo espaço. Esta foi orientada pela vereadora responsável pelo pelouro dos Licenciamentos e Desenvolvimento Económico da CMO, Mónica Vilarinho.

Contudo, para além do Secretário de Estado da Economia, do presidente do IAPMEI, e membros do executivo da CMO, a apresentação da AGInvest contou também com a presença da Diretora Executiva da Associação Nacional de Jovens Empresários, Ana Cristina
Rodrigues, entre outras individualidades.

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