No âmbito da realização da Semana da Proteção Civil, que acontece entre os dias 13 e 19 de maio, a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) realizou, este sábado à tarde, um simulacro, onde agentes da Proteção Civil, dos Corpos de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Publica, da Marinha Portuguesa, da Polícia Municipal e da CMO, testaram a sua capacidade técnica em situação de ocorrência grave.
A zona da baixa do Dafundo e Algés recebeu, na tarde deste sábado, 18 de maio, um simulacro com múltiplas ocorrências, onde foi testada a capacidade técnica de atuação em situação de ocorrência grave, bem como a coordenação dos meios e das várias operações de agentes da Proteção Civil, dos Corpos de Bombeiros, da Guarda Nacional Republicana, da Polícia de Segurança Publica, da Marinha Portuguesa, da Polícia Municipal dos Serviços da Câmara Municipal de Oeiras (CMO). Segundo o comandante dos Bombeiros do Dafundo, e coordenador deste exercício, Carlos Jaime, este simulacro pretende recriar um semelhante que houve, na mesma zona, há 24 anos, mas agora com a introdução da parte náutica e de um helicóptero.
O exercício simulou um incêndio que teve início no laboratório do Aquário Vasco da Gama, quando, durante o embalsamento de um réptil, um derrame de formol que, em conjunto com outros reagentes químicos, originou uma explosão, seguida de um incêndio, que provocou dois feridos graves. Este incêndio propaga-se a outras zonas do aquário. Por sua vez, explicou ao Olhar Oeiras o comandante, “esse sinistro originou a distração de um motorista que vinha com uma cisterna de 60 mil litros de gasolina, que se despista e vai contra o torreão do aquário, faz tesoura e originou um despiste de uma outra viatura, que se incendiou”.
Cerca de 150 operacionais neste simulacro
Este acidente dá ainda origem à projeção de uma vítima, considerada grave. “Nesta situação, houve ainda uma viatura, de tanque com 25 mil litros de um combustível que não é nem gasolina nem gasóleo. Por precaução, os Bombeiros de Algés fizeram uma cortina em nevoeiro, com hidroxíla, para prevenir eventuais derrames e problemas de intoxicação”, disse ainda Carlos Jaime. No entanto, as “viaturas não abrandaram”, o que originou a colisão de duas viaturas ligeiras. Por sua vez, já do lado da linha ferroviária, e devido à distração, “há uma outra viatura que se despista, capotando e outra viatura que vinha atrás, choca com ela”.
Este cenário “contou” com “14 pessoas feridas, quatro com gravidade”, a que juntam mais uma pessoa intoxicada e alguns “feridos ligeiros”, incluindo um “bombeiro ferido, com uma fratura no membro superior”. “Temos à volta de 45 a 50 viaturas, e cerca de 150 homens, das sete corporações do concelho de Oeiras”, adiantou Carlos Jaime. A este exercício juntaram-se também “oito elementos da PSP, com três veículos”. Este simulacro teve lugar junto ao Aquário Vasco da Gama. De acordo com o diretor deste espaço, o Comandante Nuno Galhardo Leitão, o objetivo deste exercício é “criar aqui um adestramento das equipas envolvidas”, não só “para estas situações mais drásticas, mas também para aquelas situações do dia a dia”.
Iniciativa insere-se na Semana da Proteção Civil
O responsável destacou ainda o trabalho dos Bombeiros do Dafundo, que têm sido “excecional”. Igualmente, o Comandante salientou também o trabalho e parceria da Câmara Municipal de Oeiras, sublinhando “a amabilidade e amizade” do presidente Isaltino Morais. “Se este aquário ainda está aberto, muito se deve à insistência” do autarca de Oeiras, acrescentou Nuno Galhardo Leitão. “Hoje somos um espaço científico de excelência em Portugal. Este ano iremos atingir 100 mil visitas ao aquário, que é um número que todos nós nos podemos orgulhar”, concluíu. Por fim, o presidente da CMO disse ainda, no final do exercício, ao Olhar Oeiras, que “estamos justamente no local onde realizámos um simulacro há 24 anos, com uma multiplicidade de acidentes”.
“A Proteção Civil e a sensibilização das pessoas acontece com uma sensibilização nas escolas, com palestras, com conferências, junto dos jovens, das crianças e dos adultos”, acrescentou Isaltino Morais. Este simulacro insere-se na programação da Semana da Proteção Civil, que começou na última segunda-feira, 13 de maio, e termina este domingo, 19 de maio, com uma cerimónia de formatura dos agentes de Proteção Civil do Município, seguida de um desfile de meios de várias entidades, tais como o SMPC, ou os Corpos de Bombeiros do Município. Este momento irá contar ainda com a presença de várias viaturas de museu, da PSP, da Policia Municipal, dos SIMAS de Oeiras e Amadora e dos serviços da Câmara Municipal de Oeiras, que desfilarão na Avenida Ivens, na Avenida Marginal, no Dafundo, a partir das 11h.
Testar meios e melhorar o socorro às populações
“Tudo isto é uma demonstração que serve para a sensibilização dos cidadãos, mas é também um teste para todos os agentes de proteção civil, designadamente, os Bombeiros, a Polícia Municipal, a Polícia de Segurança Pública, os colaboradores da CMO e das freguesias” entre outros, reforçou o presidente da Câmara de Oeiras. Ao mesmo tempo, considera ainda, é também “uma oportunidade para testarmos a preparação física dos diferentes atores, mas também para verificar a atualidade dos equipamentos, o manuseamento dos mesmos, a flexibilidade e a capacidade operacional que os nossos bombeiros têm”.
“O objetivo de um simulacro é justamente demonstrar todo um conjunto de capacidades que estão à disposição durante o socorro em situações de risco, e na atuação nas mais diversas situações, mas também uma oportunidade para perceber como é que as pessoas reagem perante um acidente”, referiu ainda o edil. No final deste simulacro, “haverá uma avaliação e, dessa avaliação, serão retirados ensinamentos para uma futura atuação dos agentes da Proteção Civil. O que nós pretendemos é criar todas as condições de segurança para os nossos cidadãos e transmitir-lhes tranquilidade em caso de emergência”, rematou Isaltino Morais.
