O Executivo Municipal aprovou na quarta-feira, dia 5 de março, em reunião de Câmara Municipal de Oeiras, a declaração de interesse público municipal, intermunicipal e metropolitano do Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras (SATUO), o metro de superfície que funcionou entre 2004 e 2015 e que o Município quer agora reativar.
Na reunião de Câmara foi apresentado o projeto desenvolvido pela empresa municipal Parques Tejo para o novo conceito do SATUO, que, segundo a CMO, será uma realidade em Oeiras a partir de 2029 e que, definitivamente, ligará Paço de Arcos a Tercena/Massamá (concelho de Sintra), ligando toda a zona ocidental do concelho e de forma a unir as duas linhas de caminho de ferro existentes no território.
“Depois de concluídos os estudos e perante o desafio do Governo – de apresentar um projeto que se candidatasse a fundos comunitários – a Câmara Municipal de Oeiras já entregou, na semana passada, o dossier com toda a informação necessária à Sra. Secretária de Estado da Mobilidade e temos agora condições de lançar procedimento de conceção/construção dentro dos prazos previstos, beneficiando de financiamento europeu”, informou a vereadora da Mobilidade, Joana Baptista.
O presidente da empresa municipal Parques Tejo, Rui Rei, fez uma apresentação dos trabalhos desenvolvidos, quer no desenvolvimento de estudos, programa, peças concursais de projeto e obra e estimativa orçamentais, dando conta de que, no primeiro ano de operação, em 2029, estima-se que haja 30 mil viagens diárias, com média de 24 mil passageiros.
Quanto ao orçamento previsto na reativação deste meio de transporte, estima-se que serão investidos cerca de 100 milhões de euros em infraestruturas e mais 10 milhões de euros em material circulante, numa operação que será integrada na Carris Metropolitana, num sistema de bilhética comum.
Rui Rei adiantou, no entanto, que cabe ao Governo central dar luz verde ao projeto. “É um projeto que tem a maturidade necessária para avançar e, mediante a decisão do Governo, avançar com obra em 2026, concluindo-se em 2028 e condições definitivas de arrancar a operacionalização em 2029”.
Na discussão da proposta, o Executivo sublinhou a importância estratégica deste sistema de transporte para a Área Metropolitana de Lisboa, contribuindo para um melhor serviço de transporte público e mobilidade sustentável.