Marco Almeida, presidente da Câmara Municipal de Sintra, reuniu com representantes da Rede Aga Khan para reforçar a colaboração no desenvolvimento do Parque Ecológico Adraga-Praia Grande, um projeto estratégico para a valorização ambiental e cultural do litoral sintrense.
Este parque, com cerca de 67 hectares entre a Praia Grande e a Praia da Adraga, pretende recuperar e proteger uma das zonas mais sensíveis do país, rica em património natural e histórico, incluindo pegadas de dinossauros, jazidas paleolíticas e geomonumentos como o Calhau do Corvo. O objetivo é criar um espaço de usufruto público, sustentável e acessível, que promova a biodiversidade e a educação ambiental.
O projeto está a ser desenvolvido pela Câmara Municipal de Sintra em parceria com a Aga Khan Trust for Culture, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Entre as principais ações previstas estão a recuperação paisagística e controlo de espécies invasoras; criação de trilhos pedonais sinalizados e passadiços; instalação de miradouros e áreas de descanso; construção de um Centro de Interpretação Ambiental.
Limpeza e trilhos novos
A primeira fase do projeto, já em curso, inclui a limpeza de 35% da área e a implementação de 2,5 quilómetros de trilhos, com conclusão prevista para março de 2026. Até 2027, serão instaladas todas infraestruturas de observação e lazer, consolidando um parque ecológico exemplar a nível nacional.
Para Marco Almeida, este projeto “é uma aposta na preservação ambiental e na qualidade de vida, criando um espaço livre e acessível que beneficia Sintra e Portugal”
A parceria com a Fundação Aga Khan reforça “a dimensão cultural e social desta iniciativa, que pretende envolver a comunidade local e visitantes na proteção do património natural”.
Sede em Portugal
Em Portugal, a Fundação Aga Khan, uma das mais ricas do mundo, trabalha para melhorar a qualidade de vida de comunidades vulneráveis, com foco na inclusão social e económica, desenvolvimento da primeira infância, educação e envelhecimento ativo.
A relação da comunidade ismaelita (muçulmanos moderados) com Portugal teve um ímpeto na sequência do 25 de Abril e da descolonização, com a vinda para Lisboa de muitas pessoas das ex-colónias, nomeadamente de Moçambique, que tinha uma forte comunidade ismaelita.
O príncipe Aga Khan, que morreu em fevereiro de 2005, fez da capital portuguesa a sede mundial da comunidade ismaelita, que liderava.





