“Zanguei-me com um grande amigo, que agora estou a homenagear”, recorda João Ramos, tesoureiro do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima (CCML) e coordenador da marcha de Alfama.
“Agarrámo-nos ao trabalho, ganhámos e fizemos com que ele voltasse mais tarde à nossa marcha”, recorda, referindo-se a Carlos Mendonça.
“Ele na altura chateou-se, foi-se embora, respeitei isso mas fiquei magoado”. A associação sentia que não fazia sentido o afastamento, e que o figurinista tinha que voltar. Só regressou “depois de Alfama ganhar sem ele. Voltou no ano seguinte a essa vitória sem ele, e morreu três anos depois”.
No mesmo dia em que apresentou a sua marcha de 2017, o CCML deu o nome de Carlos Mendonça ao seu salão, que conta agora com uma placa alusiva ao artista. Nela se lê “Salão Carlos Mendonça – uma vida a amar Alfama”.
A homenagem, explica João Ramos, “tem a ver com importância que teve para nós. Não podíamos deixar de recordá-lo. Dizem que tinha mau feitio mas é bom recordar as pessoas, mesmo que tenham mau feitio”.
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