Foi inaugurada, esta sexta-feira, 17 de maio, a Unidade de Saúde da Ajuda, um equipamento que representa um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros, cofinanciados pelo PT2020. Este equipamento irá dar resposta a 15 mil utentes, que, até então, eram atendidos num espaço sem as condições adequadas.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) inaugurou, esta sexta-feira, 17 de maio, a nova Unidade de Saúde da Ajuda, que vai dar resposta a mais de 15 mil utentes e vem substituir o antigo Centro de Saúde, que funcionava num edifício de habitação, sem condições de acessibilidade e funcionamento adequadas. Esta obra teve o custo de 2,4 milhões de euros, cofinanciados pelos fundos PT2020. De acordo com o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, Jorge Marques, é “com grande alegria e satisfação que hoje inauguramos as novas instalações da Unidade de Saúde Familiar da Ajuda. Este momento marca o culminar de um esforço coletivo e, por esse motivo, não posso deixar de expressar a minha profunda gratidão a todos aqueles que tornaram possível esta realidade”.
O autarca aproveitou para agradecer ao Dr. Rafic Nordin, diretor do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, e também ao antigo autarca da Ajuda, José António Videira, “que foi o precursor de todo o processo de construção deste edifício. Sem a sua iniciativa e persistência, não estaríamos aqui hoje”, reconheceu Jorge Marques, destacando também o legado, nesta matéria, do anterior presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, “que se empenhou fortemente na execução desta obra”. No entanto, admitiu ainda, o presidente Carlos Moedas “assegurou que este processo fosse realizado com sucesso até ao fim”. Esta inauguração contou ainda com a presença da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, cuja presença é, para o autarca da Ajuda, “uma inspiração para todos nós”.
Zona irá ainda contar com um Centro Intergeracional
Jorge Marques lembrou ainda que o novo Centro de Saúde vem substituir o antigo, que funcionava “num edifício de habitação, com cinco pisos, adaptado com escadas e rampas, que muitas vezes, estavam avariadas”. Por isso, “era essencial criar um novo espaço, com condições adequadas para responder às necessidades da nossa comunidade”, bem como melhorar e dar outra centralidade à zona da Boa Hora. “O Centro de Saúde junta-se ao mercado já existente e ao Centro Intergeracional”, que será construído em breve no Convento da Boa Hora, prosseguiu o presidente. Aqui, o presidente da Junta da Ajuda apelou, tanto ao presidente da CML como à Ministra da Saúde, que ajudem a concretizar este centro, que terá uma creche, mas também uma residência para idosos.
“Desejo a todos os funcionários, médicos, responsáveis, utentes desta nova Unidade de Saúde, as maioríssimas felicidades no seu uso e que este espaço seja capaz de cumprir as novas funções para que foi criado”, concluiu Jorge Marques. Por sua vez, o presidente da CML, Carlos Moedas, começou por referir que “é um grande gosto de estar aqui”, desejando os maiores sucessos à Ministra da Saúde. “Queria agradecer a todos aqueles que participaram e fizeram esta realidade. Agradecer é também olharmos para o passado, agradecer o trabalho que foi feito pelo anterior Executivo e mostrar que a política é mesmo isso”, disse ainda o autarca, destacando o trabalho da SRU e da CML, na concretização desta obra.
CML já investiu 20 milhões de euros em cinco novas unidades de saúde
“Desde que chegámos a este executivo, já investimos mais de 20 milhões em unidades de saúde. Já inaugurámos cinco neste mandato e vamos continuar, até 2027 serão mais 40 milhões que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a investir”, lembrou Moedas, reforçando que “a autarquia as juntas de freguesia são o Estado Social Local”. Um exemplo deste Estado Social Local é o Plano de Saúde de Lisboa, destinado aos maiores de 65 anos, e ao qual já aderiram mais de 13 mil pessoas. Esta medida, reforçou ainda Carlos Moedas, serve para complementar o Serviço Nacional de Saúde e não para o substituir. Carlos Moedas disse ainda, aos jornalistas presentes, que a CML está a realizar “um investimento histórico” na área da saúde.
“Desde o início deste Executivo, em termos de Centros de Saúde, investimos mais de 21 milhões de euros em cinco Centros de Saúde. Fazemos esse investimento na infraestrutura, e depois é o Ministério da Saúde e a ARS que trazem os médicos”. “São 60 milhões que Lisboa está a investir na Saúde”, acrescentou o presidente, que lembrou ainda que esta complementaridade entre a autarquia e o Estado Central também se verifica na área social. “Como sabem, lançámos um plano para as pessoas em situação de sem-abrigo, no valor de 70 milhões de euros. Mas esse plano tem que ser coordenado, obviamente, com o Estado Central e, sobretudo, no que diz respeito aos problemas que estão tão visíveis na cidade e que, muitas vezes, o Presidente da Câmara não consegue ajudar”, sustentou Carlos Moedas.
Colaboração do Estado Central é fundamental
“Eu tenho de ajudar todos, mas preciso do Governo Central para, por exemplo, poder ter a documentação, no caso de pessoas que vêm de outros países e que, muitas vezes, estão sem papéis em Lisboa. Estamos, neste momento, com um investimento como nunca tivemos na área das pessoas em situação de sem-abrigo”, lembrou o presidente da autarquia lisboeta. Já a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, começou, na sua intervenção, por agradecer o trabalho das Administrações Regionais de Saúde (ARS), que têm garantindo a articulação dos cuidados ao nível da malha regional, e hoje nos garantem as Unidades Locais de Saúde”.
“É um gosto enorme estar na inauguração desta nova Unidade de Saúde, que vai permitir que todos os habitantes da Ajuda possam ter um melhor acesso a cuidados de saúde”, disse ainda a ministra, salientando que esta é uma área que “qualquer Governo deve sempre investir”. “Este edifício que acabámos de visitar, é um edifício bonito e onde se gosta de trabalhar. Isso é muito importante também para os nossos profissionais, e sobretudo para os nossos utentes, que aqui encontram um espaço de segurança, de confiança, e onde podem estar com condições”, prosseguiu Ana Paula Martins, destacando o trabalho da Câmara Municipal de Lisboa na construção destes espaços.
Ministra da Saúde assume compromisso de garantir médicos de família para todos
“Neste bairro onde estamos, com mais de 15 mil utentes, passaremos a ter mais saúde com mais proximidade, disse ainda a Ministra da Saúde, sublinhando que Lisboa e Vale e Tejo é uma das zonas do país onde há mais dificuldade em ter uma equipa de saúde familiar para todos”. Contudo, assumiu o compromisso do Governo em “dar uma equipa de saúde familiar e um médico de família a todos os portugueses”
“O Governo do qual faço parte acredita que é necessário e urgente rever e redefinir a descentralização de competências na área da saúde, tanto ao nível do financiamento dos novos equipamentos, como na articulação das redes públicas, social e privada, numa lógica absolutamente de complementaridade. Isto é muito importante para a Rede Nacional de Cuidados Continuados”, acrescentou. “Todo o investimento que o nosso Governo vai fazer na Medicina Geral e Familiar é o melhor investimento que podemos fazer para o Serviço Nacional de Saúde do século XXI”, concluiu a ministra.