FESTAS COMEÇARAM COM ESPETÁCULO DE «PÔR OS CABELOS EM PÉ»

Hoje começaram as Festas de Lisboa com Linhas Voadoras, um espectáculo de funambulismo na Alameda D. Afonso Henriques. Foram 340 metros que terminam a 35 metros de altura que Tatiana-Mosio atravessou.Milhares de lisboetas ficaram «literalmente» aos «pés» da artista francesa Tatiana-Mossio Bongonga que, desafiando a gravidade, atravessou «nas alturas» a Fonte Luminosa na Alameda D. Afonso Henriques.

Tatiana-Mosio é uma das poucas mulheres a fazer funambulismo a esta altitude. Em Linhas Voadoras esteve suspensa numa corda que começou nos 20 metros de altura e acabou nos 35, isto numa distância de 340 metros (a maior que já percorreu), que foi do centro da Alameda até à Fonte Luminosa. Foi portanto com bastantes vertigens que se iniciaram as festas de Lisboa, que contaram com a presença da vereadora Catarina Vaz Pinto e da presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, que considerou que este espetáculo «não é aconselhável para as pessoas mais sensíveis», referindo que a exibição de Tatiana-Mosio Bongonga tem «muita emoção e muito risco»

Tatiana cresceu na Normandia, numa pequena cidade no norte de França, com um pai músico, começou aos 8 anos a praticar funambulismo e, por isso, faz com que sua arte pareça uma coisa comum, como as outras, algo que qualquer pessoa podia fazer. Só requerendo paciência e tempo.

A acompanhar a artista estiveram três músicos da sua companhia Basinga (que co-fundou em 2014 com Jran Naets e Émilie Pécunia) e 20 músicos da Banda da Armada, que lhe deram «um grande banho» de música, e também impulso emocional, mexer-lhe nos sentidos. Segundo confidenciou a artista aos jornalistas, «precisa que a música não seja muito rápida, mas antes uma música forte, pesada», adorando ter vários instrumentos porque «lhe permite seguir cada um individualmente, é algo muito bom de explorar com o corpo», adiantando ainda que gosta de eletrónica, música clássica, uma mistura de ambas, e também um pouco de rock e gospel.

Mas conta ainda com mais ajuda preciosa, 70 pessoas, a que chama de cavaletes, que seguram o fio que envolve a corda que percorre. Sem eles nada disto seria possível.

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