Depois de ter inaugurado o passeio pedonal em Monsanto, a Câmara de Lisboa comemorou o Dia da Água com o início das obras de requalificação no Parque Eduardo VII, e irão permitir a promoção da retenção e infiltração das águas no solo.
Ao princípio da tarde de hoje, 22 de março, e no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Água, o vereador José Sá Fernandes, da Câmara Municipal de Lisboa, deram início à obra de requalificação dos pavimentos e do sistema de drenagem do Parque Eduardo VII, num investimento global de mais de dois milhões de euros e que deverão decorrer durante 12 meses, de forma faseada para permitir a realização da Feira do Livro.
Este projeto, que reforça os compromissos de Lisboa para a gestão sustentável da água anunciados durante a Capital Verde Europeia 2020, enquadra-se no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (2016-2030) de execução de soluções de controlo na origem, ou baseadas na natureza, salienta a autarquia lisboeta, lembrando ainda que já foram «executadas bacias de retenção integradas nos Parques Urbanos do Vale da Ameixoeira e do Alto da Ajuda e às microbacias dos Parques da Quinta da Granja, Campo Grande, Vale Fundão, Bela-Flôr e do futuro Parque Verde da Feira Popular».
Estas soluções – salienta Sá Fernandes – potenciam a retenção e a infiltração de águas pluviais, com mais-valias em termos de recarga de aquíferos, de redução de risco de inundações e de diminuição de encargos com infraestruturas pesadas.
Segundo a Câmara de Lisboa, o Parque Eduardo VII apresenta um sistema de drenagem de águas residuais envelhecido, unitário e uma rede de pavimentos degradados, resultado de décadas de desgaste, prevendo-se a reabilitação desses pavimentos, bem como a colocação de novos coletores, por forma a promover a separação das águas pluviais, das águas residuais domésticas e a adopção de soluções que minimizarão o escoamento de superfície, acautelando-se que todo o arvoredo existente seja protegido.
Entretanto, a edilidade está também a preparar os necessários procedimentos para o arranjo dos elementos de água, denominados Lago do Pau e Lago da Estufa Fria.
A autarquia informa, ainda, que este parque icónico da cidade aguardava por esta intervenção estrutural, depois de nos últimos anos ter beneficiado de um conjunto de investimentos, quer no que se refere à recuperação de património (Estufa Fria, Pavilhão Carlos Lopes e Lago do Roseiral), quer no que respeita à otimização da sua gestão, como aconteceu com a instalação de um sistema de rega automatizado e centralizado que gerou poupanças de água superiores a 40% e com a renovação continuada e sistemática do coberto vegetal.
Aberto viaduto pedonal em Monsanto
Por outro lado, mas desta vez no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Florestas, que também se celebra hoje, o vereados Sá Fernandes procedeu à abertura oficial à circulação pedonal de um viaduto em madeira, sobre a Estrada de Monsanto, (local: 38.733916, -9.198697) .
Este viaduto, construído no âmbito da requalificação dos trilhos florestais levada a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa, faz parte de um programa de revitalização do Parque, que passa pela melhoria da rede de trilhos, articulado com um programa de acalmias de tráfego e medidas de aumento da segurança de peões e ciclistas. Na generalidade das situações, os atravessamentos com a rede viária são resolvidos com intervenções de nível, mas, dada a inclinação deste troço e a importância do trilho, optou-se por esta solução.
Este novo equipamento urbano está integrado no projeto de corredor verde do vale de Alcântara, que permitirá a ligação pedonal e de bicicleta entre Monsanto e o rio Tejo.
O projeto, em implantação, estabelece uma ligação ciclo pedonal que nasce no parque urbano da Quinta do Zé Pinto, assentando num percurso que passa por novos espaços verdes, na direção do Bairro da Liberdade (que fará a ligação ao corredor verde que liga Monsanto ao Parque Eduardo VII, permitindo assim a circulação pedonal e de bicicleta entre o centro da cidade e o rio).
O novo corredor terá mais de 700 novas árvores, que serão regadas com água reciclada, a partir da ETAR de Alcântara. «Estamos a introduzir tubagens para que a reutilização da água seja uma realidade» em toda a cidade, disse Sá Fernandes, referindo que isso permitirá «uma poupança e uma mostragem de boas práticas ambientais» aos munícipes. Da água à luz, a intervenção no corredor de Alcântara – que terá uma «importância vital no processo de adaptação às alterações climáticas» – passará também pela melhoria e pelo aumento da iluminação pública.
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