INÊS DE MEDEIROS GANHA FOLGADAMENTE

Contra todas as expetativas, Inês de Medeiros arrancou a segunda vitória do PS em Almada, conquistando a maioria absoluta. A autarca reeleita destacou que as eleições são sempre momentos altos da nossa democracia. «Hoje a democracia falou em Almada e, por isso, estamos todos de parabéns», afirmou, saudando todos aqueles que se candidataram

Inês de Medeiros (PS) arrancou a segunda vitória em Almada, depois de a conquistado em 2017 à CDU, com mais um mandato do que há quatro anos (agora são 5), contrariando todas as previsões que lha davam como uma das grandes derrotadas. Desmentindo tudo e todos, Inês de Medeiros conseguiu conquistar uma maioria absoluta, não precisando de fazer alianças para «governar» o município de Almada.

Inês de Medeiros ganhou a Câmara de Almada há quatro anos apenas por 413 votos, o que levou a CDU a apostar forte na candidatura de Maria das Dores Meira, que atingiu o limite de três mandatos consecutivos em Setúbal, para tentar reconquistar aquele que foi um dos maiores bastiões do poder local da CDU.

Num discurso pautado por gritos de vitória, Medeiros destacou que as eleições são sempre momentos altos da nossa democracia. «Hoje a democracia falou em Almada e, por isso, estamos todos de parabéns», afirmou, saudando todos aqueles que se candidataram.

«As minhas palavras vão para todos os almadenses, muito obrigado por esta noite e por estes quatro anos. Sabíamos que Almada tinha de reencontrar a sua centralidade na Área Metropolitana de Lisboa. Hoje, é a terra do futuro da AML», sublinhou, realçando que «a partir de agora nós todos estamos aqui a trabalhar para todos os almadenses. Todos, sem exceção, independentemente do partido em que votaram».

Mais do que uma guerra entre partidos e personalidades – a CDU apostou as fichas todas em Maria das Dores Meira, que se candidatou a Almada depois de esgotar os mandatos em Setúbal, a campanha eleitoral ficou marcada em certos momentos por rivalidades entre cidades.

Num comício realizado no Pragal, Inês de Medeiros chegou a usar um estudo da Bloom Consulting para comparar as diferenças entre Almada, «onde se vive cada vez melhor» e Setúbal que, de acordo com a reeleita, enfrenta um grande retrocesso.

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Do lado da CDU, Dores Meira utilizou o tema da habitação para atacar a recandidata do PS, acusando-a de «criar fabulações».

Almada, que foi um bastião da CDU de 1976 a 2017, vai ser liderada por um executivo camarário socialista pela segunda vez consecutiva. No entanto, se nas últimas autárquicas a diferença entre as duas forças políticas foi de pouco mais do que 400 votos, desta vez o PS, de acordo com dados finais, obtém 39,87 %, contra 29,69 % da CDU. Com uma diferença de mais de 7 mil votos.

A CDU, com Maria das Dores Meira, teve nestas eleições mais votos do que há quatro anos (21.006 contra os 20.497 votos de 2017), mantendo os quatro vereadores.

Em terceiro lugar, a coligação PSD/CDS-PP/A/MPT/PPM arrecadou 10,71 % dos votos e perdeu um vereador, seguida do Bloco de Esquerda, com 6,83 %, que mantém um mandato na Câmara.. O Chega (5,63 %), PAN (2,29 %) e Iniciativa Liberal (1,97 %) não elegeram vereadores em Almada.

Resultados juntas de freguesia: AQUI

Resultados Assembleia Municipal: AQUI

Foto: arquivo OL

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