Nova Direita pretende resgatar Lisboa das “mãos de políticos incompetentes ”

Ossanda Líber, candidata à Câmara de Lisboa pela Nova Direita, considera a habitação como “o problema maior”, mas também quer focar-se na segurança e na higiene urbana. A candidata da Nova Direita à presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML) nas próximas eleições autárquicas de 12 de outubro, entregou as listas de candidatura à CML, Assembleia Municipal de Lisboa e Juntas de Freguesia da cidade, no Palácio da Justiça, em Lisboa, em 18 de agosto de 2025.

Pouco antes de Moedas entregar a sua lista de candidatos à Câmara de Lisboa, aconteceu um episódio insólito. A candidata da Nova Direita à Câmara de Lisboa, Ossanda Líber, mostrou a sua face menos amável aos jornalistas destacados para cobrir a entrega da lista de Moedas.

A candidata da Nova Direita irritou-se com as televisões depois de saber que a comunicação social, designadamente as televisões, estava à porta do Tribunal para cobrir a candidatura de Moedas, não dando garantias se as suas declarações iriam para o ar.

Usando o aparelho mediático do partido, Ossanda Líber acusou diretamente os jornalistas de terem uma atuação “vergonhosa” por não corresponderem à vontade da Nova Direita em ter tempo de antena na cobertura das autárquicas.

Serviu de pouco a explicação dos jornalistas, que alegaram não ter tido conhecimento da apresentação da candidatura deste novo partido de direita.

A candidata, rodeada da sua equipa e de câmaras do partido apontadas para o seu discurso inflamado, só acalmou depois de ser confrontada pelo “Olhares de Lisboa” e pela agência Lusa se queria mesmo falar das suas propostas.

Ossanda Líber concordou então em prestar declarações. E não foi meiga com os adversários, defendendo que pretende resgatar a cidade “das mãos de políticos incompetentes, traidores”.

“O objetivo desta candidatura é claríssimo: é resgatar Lisboa das mãos de políticos incompetentes, traidores. Traidores na medida em que entregam Lisboa, tiram os lisboetas de Lisboa para a entregar a pessoas de fora”, atirou.

Segundo a candidata, o partido pretende devolver a cidade aos lisboetas, “tirá-la das mãos de políticos que têm feito tudo o que é necessário para que as pessoas não tenham casa, para que as pessoas tenham má qualidade de vida, para que a cidade deixe de ser segura, obrigando-as a emigrar para outros lugares”.

“Nós queremos que Lisboa seja dos lisboetas e todas aquelas pessoas que chegam a Lisboa respeitem precisamente esta condição”, acrescentou.

A líder da Nova Direita assegurou que este partido se compromete “a apresentar alternativas” aos lisboetas, “para que as pessoas percebam que não têm que estar necessariamente agarradas ainda a votar nestes partidos que ao longo dos anos só deterioraram a condição de Lisboa”.

“Foi assim com o PS, com o Fernando Medina, e está a ser ainda pior com o Carlos Moedas. Há uma alternativa, a alternativa está aqui, somos nós, é a Nova Direita, e é exatamente isso que nós queremos transmitir”, justificou.

Alocar verbas para higiene urbana

Se o partido Nova Direita fosse poder em Lisboa, quais seriam as suas bandeiras? Ossanda Líber referiu que, se fosse presidente, pegaria “naquele orçamento de 1300 milhões de euros, que é um orçamento excelente”, para tirar “tudo o que são despesas que não fazem sentido”, para alocar as verbas “às verdadeiras necessidades”, nomeadamente “à questão da higiene urbana, que é visível para todos, a cidade está de facto imunda, está suja, a cidade cheira mal.

A cidade está insegura e é preciso também dar meios à polícia municipal para agir, mas também ter coragem para falar sobre esse tema, para debater a insegurança de forma aberta, sem mascarar números, com a população”, defendeu.

Carlos Moedas é presidente “de medalhas”

Questionada sobre as suas prioridades, a candidata considerou que a habitação “é definitivamente o problema maior”. Ossanda Líber defendeu ser necessário apostar na construção, começando por “desburocratizar a Câmara Municipal de Lisboa, fazer com que os promotores privados possam efetivamente, muito rapidamente, obter as licenças necessárias”, e que a Câmara consiga “promover mais habitação social e dar condições para que as pessoas possam ter uma habitação a preços acessíveis”.

A líder da Nova Direita pede uma oportunidade aos munícipes lisboetas para mudar a cidade. “Caso os lisboetas nos deem a oportunidade, daqui a quatro anos a situação vai ser totalmente distinta, o que não vai acontecer naturalmente se Carlos Moedas continuar no poder, porque já vimos que não é um homem de ação, é um homem de medalhas e de recompensas, mas de facto não entregou aquilo que prometeu a Lisboa”, concluiu.

Quer comentar a notícia que leu?