A empresa municipal Parques Tejo apresentou esta quinta-feira, dia 15 de junho, o resultado das obras de requalificação e modernização da sede, em Miraflores. O objetivo desta intervenção foi aumentar o conforto e o bem-estar dos funcionários desta empresa.
Para Rui Rei, presidente da Parques Tejo, esta evolução da empresa só é possível graças à ajuda de todos os parceiros. “Este percurso é um percurso que não é nosso, é da Câmara Municipal e da estratégia que o senhor Presidente da Câmara tem para o município”, reforçou o responsável. Por outro lado, esta mudança reflete-se também na mudança de imagem da Parques Tejo, rebranding este que foi recentemente galardoado com um troféu de Bronze na X Edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade.
Este prémio, acrescentou Rui Rei, “simboliza o caminho que temos vindo a desenvolver e que de alguma forma reconhece a imagem e a transformação que fizemos”. No mesmo sentido, esta transformação “representa muito para nós enquanto administração e enquanto colegas”, sublinhou. Recorde-se que os Prémios Lusófonos da Criatividade são o único Festival Internacional de Criatividade que premeia e distingue os mercados publicitários e de comunicação dos países de língua oficial portuguesa, sendo que já se realiza há 10 anos.
Após uma intervenção estrutural, as novas instalações corporativas da Parques Tejo têm agora condições que permitem os funcionários realizarem um bom serviço. O espaço localiza-se em Miraflores, no mesmo edifício que alberga o Centro de Atendimento ao Cliente, lançado em setembro do ano passado.
Para breve, salientou Rui Rei, está prevista uma expansão do atendimento da Parques Tejo para Carnaxide. Contudo, adiantou que este futuro centro de operações poderá ficar no Centro Cívico, pedindo para isso a colaboração do presidente da União das Freguesias de Carnaxide e Queijas (UFCQ), Inigo Pereira. “Com o alargamento das nossas competências, conseguimos dotar a câmara municipal com informação em tempo real para tomar decisões”, acrescentou o presidente da Parques Tejo.
Apostar na mobilidade sustentável
No entanto, para além de aumentar os postos de atendimento, outro dos objetivos da Parques Tejo passa também pela aposta no sistema de bicicletas partilhadas (bikesharing). Para já, o projeto já está em fase de conclusão das obras, mas existem ainda alguns contratempos relacionados com o software que estão a atrasar este lançamento. Contudo, Rui Rei espera que estes imprevistos possam estar resolvidos durante “o mês de junho ou julho”.
Para o responsável, este sistema é importante para melhorar a mobilidade dentro do concelho, em especial na zona de Paço de Arcos. Por outro lado, Rui Rei salientou ainda “o crescimento exponencial do uso do veículo elétrico”, pelo que esta é outra das apostas da Parques Tejo. “Dentro de poucas semanas teremos praticamente carbono zero na utilização das nossas viaturas”, uma vez que esta empresa está a trabalhar praticamente apenas com viaturas exclusivamente elétricas.
Por outro lado, é igualmente importante incentivar o uso de carros elétricos, sendo que o concelho de Oeiras está no “top cinco da Europa em oferta de carregamento”. Para já, uma das ideias passa por “proporcionar um carregamento mais barato” para quem mora no concelho. Ou seja, a autarquia e a Parques Tejo querem “dar um fator diferenciador aos munícipes”, oferencendo-lhes a possibilidade de carregar o carro por um valor mais baixo do que aquele que pagam caso carreguem em casa.
Em relação ao uso dos serviços de mobilidade partilhada, entre 1 de janeiro e 31 de março deste ano, registou-se 36.712 viagens iniciadas no concelho de Oeiras. Para além de assegurarem viagens mais rápidas dentro das localidades, possibilitou-se ainda a redução de 15.077 kg de CO2, que se verificariam se as deslocações fossem efetuadas de automóvel.
Dar condições aos funcionários
Esta cerimónia começou com uma atuação de fado, acompanhado à guitarra por dois jovens de Algés. Igualmente, foi presidida pelo presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais. Também estiveram presentes membros do Executivo Municipal e das Juntas e Uniões de Freguesia do concelho, entre outros. Para o edil, “estas instalações traduzem uma visão diferente ao nível da administração pública”. Desta forma, sustentou que “normalmente os exemplos eram dados pela negativa”, sendo isso que a autarquia de Oeiras está a evitar.
Para Isaltino Morais, “todos aqueles que servem os cidadãos têm que à partida eles próprios ter condições de trabalho e de conforto”. Ao mesmo tempo, é importante “que se sintam bem no local de trabalho, porque só assim realmente eles podem dar o melhor de si”, frisou, dando como exemplo o novo edíficio que vai albergar os serviços camarários e que está atualmente em construção.
Por outro lado, o autarca reforçou ainda que o trabalho da Parques Tejo passa por uma “atitude pedagógica” e não de castigar. Oeiras conta com centenas de empresas de topo, e é o terceiro concelho do país com mais volume de exportações. Ao mesmo tempo, é o primeiro ao nível da educação e investigação científica. “A Câmara Municipal tem que pedalar para estar ao nível dessas empresas”, reforçou.
Atingir a neutralidade carbónica em 2030
Em 2020, o concelho já atingiu as metas de carbono estabelecidas para 2030. Neste sentido, a autarquia prevê atingir a neutralidade carbónica já em 2030, quando deveria ser em 2050. Por outro lado, são ainda estas mudanças que ajudaram a CMO a conquistar, recentemente, cinco prémios, sendo um deles na área da educação.
“A nossa sociedade, a comunidade de Oeiras está a mudar substancialmente”, disse Isaltino Morais. O edil reforça ainda que as novas instalações da Parques Tejo “traduz naturalmente o reconhecimento pelo vosso trabalho”. Por fim, o autarca salientou que estão em marcha muitos projetos no concelho. Desta forma, referiu que “os próximos anos vão ser transformadores em Oeiras”, ao contrário do resto do país. “Estão criadas as condições para que Oeiras dê um salto cada vez maior”, concluíu.