CÂMARA DE LISBOA «ACELERA» ENTREGA DE CASAS

Paula Marques, vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, confirmou a «Olhares de Lisboa» o anúncio do presidente da Câmara, Fernando Medina, que, «até ao fim do ano, vão ser entregues mais de 800 casas», no âmbito dos diferentes programas habitacionais.

Em mais uma entrega de casas, a vereadora de Habitação da Câmara de Lisboa, Paula Marques, revelou a «Olhares de Lisboa» alguns dos planos da câmara para a construção e entrega de novas casas camarárias, nos diferentes programas habitacionais em curso.

A requalificação do bairro da Boavista, com 500 casas a serem entregues a cerca de duas mil pessoas, é, à semelhança dos Bairros Padre Cruz e da Cruz Vermelha, alguns dos programas de construção de habitação municipal em curso e que, aliados ao programa de renda acessível, pretendem minimizar o problema habitacional da capital.

Olhares de Lisboa (OL) – Quantas casas foram entregues no Bairro da Boavista?

Paula Marques (PM) – Estamos a entregar as últimas 46 casas. Portanto, estamos a falar de 98 entregues no bairro. Vamos substituir todas por habitações de alvenaria.

Vamos realizar a requalificação total do bairro. Estamos a demolir por fases, construindo no mesmo sítio e dando o direito às pessoas de regressarem.

OL – Quantos habitantes são abrangidos?

PM – Tendo em conta que existem muitas famílias numerosas, com 3 e 4 elementos e idosos isolados, prevemos entregar a mais de duas mil pessoas.


É um processo moroso, feito à medida que vamos construindo, com critérios de prioridade de entrada nas novas casas. Mas, nem as pessoas idosas, nem as que tem deficiências ou dificuldades de mobilidade, passam por esses critérios de alojamento numa casa provisória.

No processo de regresso, queremos manter as redes de vizinhança. O princípio é construir os T1 no rés-do-chão, porque sabemos que os mais idosos e os mais isolados precisam de tipologias mais baixas. Para nós, Câmara, é necessário manter a correlação entre aquilo que a família precisa, nomeadamente em termos de saúde e mobilidade, e os laços de vizinhança.

OL – Quais as próximas fases. Quantas casas vão ser construídas?

PM – Vamos substituir 500 casas. O bairro da Boavista está dividido em quatro fases de tipologia diferentes, com vivendas individuais que se interligam, e apartamentos.

Vamos fazer exatamente igual às 50 casas em terreno-espelho. Vamos demolir as antigas e edificar novas de modelo individual. É o caso das que estão junto a Monsanto, que não estavam na fase inicial. Mas, uma vez que vamos construir uma nova escola no Bairro da Boavista, é necessário demolir mais 60 casas.

Perpendicular ao edifício onde foram entregues as «chaves», vai nascer mais um módulo com 46 casas. Um pouco mais à frente, vai ser construído um outro módulo com 50, onde também vai ficar sediada a associação de reformados do Bairro da Boavista.

Para construir estes edifícios de habitação coletiva (46 mais 50) temos de ter os terrenos libertos e, por isso, vamos ter de demolir.  As pessoas dessa fase já estão a ser realojadas.

OL – Qual a previsão da câmara para entrega de novas habitações?

PM – Entretanto, como vocês já noticiaram, no dia 6 de novembro, entregámos mais 50, no âmbito do concurso de habitação do centro histórico, programa direcionado às freguesias de Santa Maria Maior, São Vicente, Misericórdia, Santo António, Arroios e Estrela.

Esta ação, extraordinária, destinou-se a pessoas com arrendamento privado e que viram o seu direito à habitação posto em causa, com ordens de despejo.

Até ao final do ano, prevemos entregar mais de 800 casas.

OL – Quais os planos para entrega de habitações e construção de novas casas?

PM – Vamos continuar a construir na Boavista e no Bairro Padre Cruz. No próximo ano, prevemos concluir a empreitada do bairro da Cruz Vermelha e, ainda este ano, teremos requalificado e entregue 120 casas de renda acessível.

OL – Enquanto vereadora da habitação, como se sente após entregar casas às famílias?

PM – Feliz. Estes processos não são fáceis. Os bairros são feitos por pessoas. Mas e respondendo à sua pergunta, fico com o sentimento de dever cumprido de política pública.

Os nossos inquilinos, que há tanto tempo fazem parte da comunidade dos bairros, são uma responsabilidade acrescida e, é sempre gratificante, ver que contribuímos para a resolução do seu problema habitacional.

Por outro lado, estas ações são importantes para quebrar alguns estigmas. A habitação pública é direcionada, independentemente do segmento a que se direciona, e tem de ter qualidade, robustez e conforto.

 

 

Quer comentar a notícia que leu?