A Câmara Municipal de Oeiras (CMO) vai avançar com medidas preventivas de mitigação imediata dos efeitos das cheias e inundações em Algés, evitando o que aconteceu em dezembro do ano passado. No total, serão nove medidas de prevenção que vão entrar já em vigor.
Desta forma, este plano de prevenção de cheias prevê a instalação de comportas contra enchentes, entre outras medidas. Estes equipamentos serão colocados em todos os acessos habitacionais e de comércio na baixa de Algés. Ao mesmo tempo, será ainda instalada uma estação elevatória com sistema automático de bombagem, bem como sistemas de retenção e encaminhamento de águas, entre outras.
As nove medidas de prevenção vão entrar já em vigor, enquanto o Governo não avança com as obras estruturais necessárias. Recorde-se que estas intervenções são fundamentais para resolver o problema das cheias em Algés. É aqui que se acumulam as águas pluviais que vêm de Lisboa e Amadora, em períodos de chuva intensa.
Neste sentido, a CMO já se disponibilizou a financiar metade do custo da obra. No entanto, a Administração Central terá de avançar com o restante investimento para o alargamento da ribeira de Algés, salienta a autarquia em comunicado. Uma das medidas imediatas incluem a instalação de comportas contra enchentes, em todos os acessos habitacionais e de comércio na zona compreendida entre o Largo Comandante Augusto Madureira e Rua Major Afonso Palla.
Por outro lado, a autarquia vai desenvolver um estudo, em articulação com o SIMAS Oeiras e Amadora, para que seja desenvolvida uma estação elevatória com sistema automático de bombagem. Este equipamento será instalado na Rua Major Afonso Palla para escoamento das águas pluviais para a Ribeira de Algés. Em simultâneo, a CMO quer ainda dotar os Bombeiros Voluntários de Algés com sistemas de retenção e encaminhamento de águas.
Criar sistemas de alerta e realizar vistorias anuais
Ou seja, o objetivo será garantir a salvaguarda dos edifícios municipais mais afetados pelas cheias e inundações. Outra das medidas será ainda um levantamento exaustivo de munícipes em situação de vulnerabilidade e que habitem nas zonas de Algés sujeita a cheias e ainda a criação de um sistema de alerta para os habitantes das zonas de risco de cheias de Algés. Estes avisos serão da responsabilidade da Proteção Civil Municipal e serão divulgados através dos telefones móveis.
Por outro lado, pretende-se ainda criar um declive menos acentuado na zona de encanamento da Ribeira de Algés (Largo Comandante Augusto Madureira), de forma a permitir um mais fluido caudal de água. Ao mesmo tempo, a autarquia vai ainda avançar com um sistema de alerta sonoro na zona de risco de cheia de Algés. Para tal, irá usar as infraestruturas municipais já existentes, bem como as da empresa Parques Tejo.
Neste plano, a CMO compromete-se ainda efetuar, anualmente, uma vistoria à Ribeira de Algés. No entanto, e se necessário, prevê também realizar trabalhos de desassoreamento da mesma no ponto de junção com o rio Tejo. Por fim, a autarquia compromete-se ainda dotar a Proteção Civil Municipal com um sistema de bombas de extração de água de alto débito. Estes equipamentos serão partilhados com os Bombeiros Municipais.
Na mesma nota, a CMO explica que o objetivo deste plano será proteger “a vida humana, os bens pessoais e infraestruturas municipais”, sendo ainda “uma das maiores preocupações do executivo”.
