Cerca de dois mil lisboetas já aderiram, até ao momento ao Passe Cultura. Recorde-se que esta é uma medida criada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) para reduzir os efeitos da inflação. Desta forma, a medida permite o acesso gratuito aos equipamentos culturais do município aos jovens até aos 23 anos e aos maiores de 65 anos.
Contudo, o Passe Cultura só é válido nos equipamentos geridos pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC). Assim, os bilhetes para entrar nos vários espaços culturais são gratuitos, bem como os espetáculos cuja receita reverta integralmente para a EGEAC.
No entanto, existem algumas condições. Ou seja, os espetáculos que sejam realizados em regime de acolhimento ou em parceria com outras entidades não estão abrangidos por esta medida. “Uma cidade que ambiciona cultivar hábitos de fruição cultural e artística é uma cidade mais próspera”, sublinhou o presidente da CML.
Desta forma, Carlos Moedas considera que o Passe Cultura vem reforçar esta ambição. Em simultâneo, “faz parte de um amplo pacote de combate à inflação na cidade, com impacto em várias áreas, e que pretende apoiar as famílias e as empresas”.
Esta medida entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2022. O seu objetivo, na altura, era tornar mais abrangente a gratuitidade no acesso a equipamentos culturais. Contudo, o Passe Cultura tem validade e termina a 30 de junho de 2023.
O Passe Cultura integra 47 equipamentos municipais
Atualmente, e nos primeiros dois meses, 75% dos aderentes ao Passe Cultura são jovens, sendo que 25% dizem respeito aos maiores de 65 anos. Esta medida integra 47 equipamentos municipais. Desta forma, é possível entrar em museus, teatros, galerias, monumentos, espaços culturais e bibliotecas.
Ao mesmo tempo, o LU.CA, Teatro Luís de Camões, foi um dos equipamentos mais procurados na cidade, sendo que contou com 731 espetadores. Em seguida, com 551 espetadores, está o Teatro São Luiz e o Padrão dos Descobrimentos, com 327.
Por outro lado, os maiores de 65 anos procuraram mais o Palácio Pimenta, no Campo Grande, o Teatro São Luiz e o Padrão dos Descobrimentos. Os menores de 23 anos demonstraram um maior interesse pelos teatros LU.CA e São Luiz.
No entanto, os números apresentados não contemplam o Castelo de São Jorge, onde é aplicado o acesso gratuito a todos os residentes de Lisboa.
“Os números apresentados revelam a importância da medida”, considera Diogo Moura
O vereador com o pelouro da Cultura, Diogo Moura, diz que a autarquia compreende a necessidade reforçar a aplicação do Passe Cultura a outros equipamentos. Contudo, estes serão “com menor expansão de dados, mas cujas missões desempenhadas nas suas valências museológicas ou de programação, se revestem da maior importância”.
Contudo, para o autarca, “a CML regozija-se com a abrangência do Passe da Cultura” nos primeiros 60 dias, após entrar em vigor. “Os números apresentados revelam a importância da medida”, considera Diogo Moura.
Em simultâneo, o vereador acrescenta que o Passe Cultura é bom “quer na mitigação dos efeitos da inflação, contribuindo para que esta não diminua a fruição cultural, quer como fator de angariação de público mais jovem e maior de 65 anos”. Ou seja, com esta medida, é possível “um maior e mais facilitado acesso às expressões culturais”, acrescentou.
