LISBOA QUER EMISSÕES ZERO ATÉ 2050

Reduzir as emissões poluentes é um dos grandes objetivos da cidade de Lisboa que, até 2050, comprometeu-se «a zero emissões». Isto mesmo foi dito por Fernando Medina na ONU. Lisboa é uma das 102 cidades do mundo a adotar o objetivo de zero emissões até 2050, num país que assumiu esse objetivo para todo o território. Esta foi uma das grandes declarações de princípios emitida pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, perante a Organização das Nações Unidas.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu, na ONU, em Nova Iorque, que as «cidades estão no centro do desafio ao combate às alterações climáticas». Pois, «são elas as responsáveis pela emissão de cerca de 70% (a nível mundial) de CO2 para a atmosfera».

Segundo Fernando Medina, que falou num painel no âmbito da Cimeira de Ação Climática, da ONU, em Nova Iorque, é «nas cidades que se concentram as populações e um grande número de atividades económicas geradoras de grandes consumos de energia e, consequentemente, as que mais poluem» e, por isso, «é nas cidades que se vai vencer este desafio».

Mais verde

«Há uma reação positiva quando as pessoas sentem que veem cidades a avançar no combate à poluição», salientou Fernando Medina, acrescentando que Lisboa inspirou-se noutras cidades para adotar medidas de sustentabilidade, como Viena, capital da Áustria, para o passe único, salientando os bons resultados encontrados com a passagem de transportes individuais para coletivos, o cuidado com o consumo energético nas casas, através dos materiais de construção, equipamentos de aquecimento ou ar condicionado e passando pela plantação de mais árvores nas cidades.

Após recordar, em declarações a Olhares de Lisboa, o «compromisso da cidade de Lisboa» com a agenda das alterações climáticas, fez questão de sublinhar que, «todos os dias, a capital portuguesa assume medidas para reduzir as novas emissões e contribuir para a sustentabilidade ambiental», nomeadamente fazendo, entre outros, projetos como o da Praça de Espanha (que vai permitir uma maior captura de CO2), a renovação da frota da Carris e a criação de corredores verdes.

Lembrando que foram essas medidas que permitiram a Lisboa ser nomeada Capital Verde Europeia, reforçou a ideia de que, «se cada um de nós fizer a sua parte e mostrar aquilo que pode fazer, estamos a cumprir a nossa missão e a contribuir para um mundo melhor».

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O líder do executivo lisboeta defende, por outro lado, que «é nas cidades que mais se vão sentir as alterações climáticas e a subida de temperaturas que vão originar consequências múltiplas», designadamente a subida do nível das águas do mar e o «acentuar» de fenómenos extremos de secas e chuvas torrenciais.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que se encontrou com o secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou que encontrou boas reações às declarações que fez neste fórum mundial para o qual foi convidado, onde apresentou o objetivo de zero emissões líquidas até 2050, através da manutenção e aumento dos espaços verdes e plantações na cidade, as medidas de incentivo de utilização dos transportes e o aumento da eficiência energética das casas e construções.

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